Roteiros na Cidade – Guia do Turista

 


Fazenda Cabuçu 
Às margens da rodovia Rio-Santos; referência histórica para a Baixada Santista; as trilhas do roteiro ecológico da Fazenda Cabuçu incluem córregos, cachoeiras, mata exuberante e muitas espécies de pássaros; seu ponto alto é a Cachoeira do Cabuçu (10 m) descendo sobre a rocha e formando uma grande piscina natural; a Trilha do Rio de Areia, cujo percurso margeia enseadas de águas claras, rasas e cristalinas, é ótima opção para pesquisadores da fauna e da flora.
Caminhos de Jurubatuba 
Trilha da Jurubatuba-Mirim, 5 h ida e volta, fácil, plana, sem obstáculos e totalmente inserida na mata atlântica costeira, margeando o Rio Jurubatuba-Mirim; no final, dois poços formados pela água do rio são ótimas opções para banho; acesso pela Rodovia Domênico Rangoni (antiga Piaçagüera) ou por caiaque (instrutores cadastrados pela Prefeitura).
Jardim Botânico Chico Mendes 
90.000 m²; acervo vivo de várias espécies vegetais, distribuídas entre coleções temáticas, bosques, canteiros de plantas ornamentais e áreas de produção de mudas destinadas ao plantio em praças, ruas e jardins da praia; parque infantil, área para piquenique, praça de eventos; trilhas entre a vegetação; três lagos com patos, marrecos e gansos e uma ilha com macacos; Rua João Fracarolli, s/n, Bairro Bom Retiro; tel. (13) 3230-2905; aberto diariamente das 7 h às 18 h.
Vale do Quilombo
Praticamente a última reserva de área verde de Santos, cortada pelo Rio Quilombo.
Laje de Santos 
O Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, a 45 km da costa, é considerado um dos melhores pontos de mergulho do litoral brasileiro, com a visibilidade podendo chegar a 40 m; o Parque inclui rochedos, parcéis e a laje com formato de uma baleia com 550 m de comprimento, 33 m de altura e 185 m de largura, abrigando milhares de aves e um farol de sinalização da Marinha; a 1 km da Laje está a Ilha de Calhaus com grutas que formam labirintos submersos e pesqueiros naufragados; é proibida a pesca, a caça submarina e a descida nas pedras; visitas são agendadas com antecedência através de operadoras cadastradas pela Prefeitura.
Passeios pela Baía de Santos 
Roteiro de aproximadamente 2 h incluindo ilhas, praias e o Porto; no trajeto podem ser observados os bairros da orla e o costão rochoso; partidas da Ponte Edgard Perdigão na Ponta da Praia em direção à Fortaleza da Barra Grande, em finais de semana e feriados; na temporada, saídas diárias.
Parque Zoobotânico Orquidário 
22.240 m²; inaugurado em 1945, mistura características de jardins e aspectos de mata natural, além de floresta urbana cultivada principalmente com espécies da mata atlântica; abriga cerca de seis mil orquídeas, árvores frutíferas e medicinais; lago de 1.180 m² com carpas, tartarugas e aves aquáticas; tucanos, araras, pavões e outras aves vivem em harmonia com os inúmeros pássaros que visitam o Parque atraídos pela vegetação; cotias, macacos e espécies raras ou ameaçadas de extinção, como mico-leão-dourado e jacaré-do-papo-amarelo; Exposição Nacional de Orquídeas em novembro; visitas monitoradas para Educação Ambiental, oficinas e cursos de férias; Praça Washington, s/n, Bairro de José Menino; tel. (13) 3237-6970; aberto de terça a domingo das 8 h às 18 h; na temporada de verão, diariamente, no mesmo horário.
Escola de Esportes Radicais 
Primeira do gênero no Brasil para a prática de várias modalidades de surfe; Posto de Salvamento 2, Praia de José Menino; tel. (13) 3289-4148; aberta de segunda a sábado das 8 h às 12 h e das 14 h às 18 h, domingo das 9 h às 12 h. Cine Arte: exibe filmes de arte fora do circuito comercial; também são realizados debates com cineastas e mostras temáticas de filmes especiais; 48 lugares; sessões diárias; Av. Washington Luiz, Posto de Salvamento 4 no jardim da Praia do Gonzaga; tel. (13) 3210-5031.
Cine Arte 
Exibe filmes de arte fora do circuito comercial; também são realizados debates com cineastas e mostras temáticas de filmes especiais; 48 lugares; sessões diárias; Av. Washington Luiz, Posto de Salvamento 4 no jardim da Praia do Gonzaga; tel. (13) 3210-5031.
Gibiteca Marcel Rodrigues Paes 
Acervo de 6.000 gibis; exemplares do Globo Juvenil e Tico Tico das décadas de 30, 40 e 50, coleções do Batman, Super-Homem e Capitão Marvel; troca de gibis de terça a sábado; curso de desenho aos sábados das 10 h às 12 h; curso de histórias em quadrinhos aos domingos das 12h45 às 14h45; Posto de Salvamento 5, Praia do Boqueirão; tel. (13) 3288-1300; aberta de terça a sábado das 9 h às 19 h e domingo das 9 h às 15 h.
Pinacoteca Benedito Calixto 
Exposição de obras do pintor Benedito Calixto, além de mostras temporárias de artistas nacionais e internacionais; casarão remanescente do período dos “barões do café” – início do séc. XX – em estilo neoclássico, totalmente restaurado; biblioteca com livros de arte e sala de leitura para consulta e pesquisa; Av. Bartolomeu de Gusmão, 15, Praia do Boqueirão; tel. (13) 3288-2260; aberta de terça a domingo das 14 h às 19 h.
Igreja de Santo Antônio do Embaré
Construção de 1.800 m² em estilo neogótico da década de 30; madeira entalhada no altar-mor, nas capelas e nos confessionários; Av. Bartolomeu de Gusmão, 32; Praia do Embaré; tel. (13) 3227-5977; aberta diariamente das 7 h às 11 h e das 14 h às 20 h.
Aquário
Primeiro do gênero no Brasil, inaugurado em 1945; 27 tanques e oito aquários abrigam cerca de 200 espécies de fauna aquática; tubarões, polvos, tartarugas, carpas, piranhas, moréias, lobo marinho, vários peixes e até pingüins; Av. Bartolomeu de Gusmão, s/n, Ponta da Praia; tel. (13) 3236-9996; aberto de terça a domingo das 8 h às 18 h; na temporada de verão, diariamente, das 8 h às 20 h.
Museu da Pesca
Exibe exemplares da fauna marinha e o esqueleto restaurado de uma baleia de 23 m; Av. Bartolomeu de Gusmão, 192, Ponta da Praia; tel. (13) 3261-5995; aberto de quarta a domingo e feriados, das 9h30 às 18 h.
Museu De Vaney 
Centro da memória desportiva de Santos; exposição permanente de troféus, fotos, quadros e ilustrações; biblioteca e hemeroteca com acervo exclusivo sobre esportes; visitas monitoradas mediante agendamento; Praça Eng. José Rebouças, s/n, Ponta da Praia; tel. (13) 3261-1980; aberto de segunda a sexta das 8 h às 18 h.
Museu do Mar 
Acervo de 12.000 exemplares de conchas, corais, animais preservados em formol e equipamentos de mergulho; Rua República do Equador, 81, Ponta da Praia; tel. (13) 3236-4808; aberto de segunda a sexta das 8 h às 18 h, sábados e domingos das 8 h às 20 h.
Centro de Cultura Patrícia Galvão
Abriga o Teatro Municipal Brás Cubas, o Teatro de Arena Rosinha Mastrângelo, o Museu da Imagem e do Som, a Hemeroteca Municipal Roldão Mendes Rosa, galeria de arte, auditório para projeção de filmes e espaço para atividades culturais variadas como Festival de Música Nova, Festival de Teatro Amador, Festival de Dança Passo de Arte e a Bienal Nacional de Artes Visuais; Av. Pinheiro Machado, 48, Vila Mathias; tel. (13) 3233-6086; aberto diariamente das 8 h às 22 h.
Outeiro de Santa Catarina
Marco inicial da povoação da cidade em 1543; na casa acastelada, construída entre 1880 e 1884 sobre a pedra restante de desbaste do Outeiro, funciona a sede da Fundação Arquivo e Memória de Santos com acervo de fotos e biblioteca; Rua Visconde do Rio Branco, 48; tel. (13) 3223-7009, 3223-7090; de segunda a sexta das 8 h às 12 h e das 14 h às 18 h.
Casa de Frontaria Azulejada 
Estilo neoclássico, fachada de azulejos coloridos em alto relevo; erguida em 1865 com os fundos voltados para o Porto, de onde partiam as barcas que traziam mercadorias através de um canal até os cômodos térreos da casa; a porta principal permitia o acesso de carruagens ao pátio interno; anexo, a Fundação Arquivo e Memória de Santos com acervo de documentos e plantas; Rua do Comércio, 92/98; tel. (13) 3219-4321; de segunda a sexta das 8 h às 12 h e das 14 h às 18 h.
Casa do Trem Bélico 
Construída em estilo colonial entre 1734 e 1738 no local do primeiro pelourinho da Vila de Santos para guardar peças de artilharia e munição; um dos poucos exemplares do gênero no País; Rua Tiro Onze, 09; tel. (13) 3221-1385; aberta de segunda a sexta das 8 h às 12 h e das 13 h às 17 h.
Monumento a Brás Cubas 
Inaugurado em 1908; estátua do fundador de Santos esculpida em mármore de Carrara, onde estão seus restos mortais; Praça da República.
Conjunto do Carmo
Os padres carmelitas iniciaram a construção da Igreja e do Convento em 1599; a igreja atual, edificada no séc. XVIII em estilo barroco, possui cadeirados em jacarandá e obras de Benedito Calixto; missa acompanhada por canto gregoriano, todo o segundo domingo do mês, às 11 h; tel. (13) 3234-5566; ao lado da Igreja do convento, a Igreja da Ordem Terceira (1752), associação religiosa leiga, possui imagens seculares, altar de madeira trabalhada e pia de água benta em pedra de 1710; tel. (13) 3219-3650; visitas de segunda a sexta, das 14h30 às 17 h e domingos, das 8 h às 10 h; Praça Barão do Rio Branco.
Panteão dos Andrada 
Ao lado do Conjunto do Carmo; inaugurado em 1923, guarda as cinzas de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência, e de seus irmãos; projetado pelo escultor brasileiro Rodolpho Bernadelli, o monumento foi executado na Itália; urna em jacarandá, templo cívico em mármore, quadros de bronze com cenas da História do Brasil; Praça Barão do Rio Branco, s/n; tel. (13) 3201-5032; aberto de terça a sexta das 9 h às 18 h, finais de semana e feriados das 10 h às 18 h.
Casa de José Bonifácio
Casa onde nasceu e morou José Bonifácio de Andrada e Silva em 1763; a rua era conhecida como Wall Street devido à fortuna de seus moradores; atual sede da Câmara Municipal; Rua XV de Novembro, 105/107; aberta de segunda a sexta das 8 h às 18 h.
Praça Mauá e Palácio José Bonifácio 
A Praça Mauá é o centro da cidade e nela estão o Marco Distrital e o Palácio José Bonifácio, atual sede da Prefeitura; inaugurado em 1939, o Palácio apresenta linhas clássicas, lustres em cristal da Bohêmia e acabamento em mármore italiano e jacarandá-da-baía, com destaque para o Salão Nobre e o gabinete do prefeito em estilo Luiz XVI; aberto de segunda a sexta das 8 h às 18 h.
Construtora Phoenix
Palácio da Banca Italiana di Sconto, antiga instituição de crédito, erguido em 1920 em estilo geral florentino; loba etrusca na fachada; Rua XV de Novembro, 141.
Bolsa de Valores 
Construção de 1909, em estilo neoclássico; Rua XV de Novembro, 111.
Bolsa do Café 
Prédio de 1922 com torre de 40 m e belo relógio e quatro estátuas externas representando a Indústria, o Comércio, a Lavoura e a Navegação; destaque para o Salão de Pregões com vitral representando a lenda de Anhangüera e painéis de Benedito Calixto retratando a história de Santos, mármores importados e cadeirado em jacarandá; Museu do Café Brasileiro no local; Rua XV de Novembro, 95; tel. (13) 3219-5714; aberto aos sábados das 9 h às 17 h e domingos das 10 h às 17 h.
Santuário Santo Antônio do Valongo 
O santuário e o convento foram fundados em 1640 pela Ordem dos Franciscanos; a fachada do conjunto representa um dos trabalhos mais expressivos do barroco no séc. XVIII; valiosas obras de arte como a imagem de Cristo Místico de Seis Asas; em 1859 o prédio do convento foi adquirido pela Estrada de Ferro Santos-Jundiaí para dar lugar à construção da Estação de Santos, inaugurada em 1867; Largo Marquês de Monte Alegre, s/n; tel. (13) 3219-1481; aberto quarta, quinta, sexta e sábado das 8 h às 12 h e das 14 h às 1 h; terça e domingo das 8 h às 19 h.
Casarões do Valongo 
Ruínas de prédios de 1867 e 1872; Largo Marquês de Monte Alegre.
Mosteiro São Bento e Museu de Arte Sacra 
Construído em 1650 pela Ordem de São Bento em estilo barroco; Museu de Arte Sacra com valioso acervo de 400 peças; Capela de N. Sra. do Desterro no térreo; Rua Santa Joana D’Arc s/n, Morro de São Bento; tel. (13) 3219-2898; aberto de terça a domingo das 14 h às 17 h.
Igreja N. Sra. do Rosário
Construída em 1822 pela Irmandade de N. Sra. dos Homens Pretos a partir de uma capela erguida em 1651; uma das mais belas e antigas igrejas de Santos; nave em mármore colorido e coleção de imagens sacras; Praça Rui Barbosa; tel. (13) 3219-3566; aberta de segunda a sexta das 8h30 às 17 h e sábado das 9 h às 13 h.
Palácio Saturnino de Brito 
Construído em 1937; prédio de linhas clássicas com escadaria interna de mármore e o vitral “Os Bandeirantes” do artista belga Frank Urban; atual sede da Sabesp; Av. São Francisco, 128; tel. (13) 3219-4333; aberto de segunda a sexta das 8 h às 17 h.
Catedral 
Construção em estilo gótico, iniciada em 1909 e concluída em 1951; projeto de autoria do engenheiro prussiano Maximiliano Hell, responsável também pelo projeto da Catedral da Sé em São Paulo; grandes colunas separam as três naves com dois altares e duas capelas – uma em cada lado do altar-mor – a do Santíssimo Sacramento, com afrescos de Benedito Calixto, e a de N. Sra. de Fátima; Praça José Bonifácio, s/n; tel. (13) 3232-4593; aberta de segunda a sexta das 7 h às 11 h e das 14 h às 19 h, sábado das 8 h às 12 h e das 15 h às 19 h e domingo das 8 h às 12 h e das 17 h às 19 h.
Monumento a Bartolomeu de Gusmão 
Obra do escultor italiano Lorenzo Massa, inaugurado em 1922; Praça Rui Barbosa.
Linha Turística de Bonde 
A Linha de Bonde percorre um trajeto de 1,7 km, passando por construções históricas de extrema beleza arquitetônica como o Conjunto do Carmo, o Panteão dos Andrada e a Bolsa do Café; embarque na Praça Mauá, de terça a domingo das 11 h às 18 h; grupos escolares e outros grupos fechados devem agendar com antecedência através do Disk-tour, tel. 0800 173 887 ou (13) 3219-6426 na Secretaria de Turismo.
Porto de Santos 
Sua origem, em 1545, está vinculada ao tráfico de escravos e ao comércio de sal; a partir do séc. XIX, o Porto contribuiu para a melhoria das condições sanitárias da região e o desenvolvimento industrial de São Paulo e do País; em 2 de fevereiro de 1892, o navio Nasmith atracou no cais de apenas 260 m, marcando o início de funcionamento oficial do Porto de Santos, hoje o primeiro do Brasil em movimentação de cargas e instalações que ocupam quase 13 km de extensão.
Complexo Cultural do Porto 
Museu com documentos, peças, fotos, equipamentos e cerca de 700 negativos em vidro da virada do século; Biblioteca com 2.500 títulos; e Videoteca com 50 fitas sobre a história e a modernização do Porto; Av. Cons. Rodrigues Alves s/n , Bairro Macuco; aberto todos os dias das 8 h às 12 h e das 14 h às 18 h.
Casa do Café 
Criada em 1970, junto aos armazéns 15 e 16, com o objetivo de promover o café brasileiro; ponto pitoresco da cidade, onde se pode saborear desde o tradicional cafezinho até requintadas receitas de bebidas, sorvetes, coquetéis e balas à base de café; tel. (13) 3232-2364; aberta todos os dias das 8 h às 18 h.

 Guia do Turista

Santos: a capital dos navios

A capital dos navios

O porto de Santos, maior do Brasil, cresce, ganha segurança e tende a se isolar da cidade.

Texto: Fábio Mazzitelli

foto: Flávio R. Berger / Fotoimagem

 

Entre os fidalgos portuguesesque acompanharam MartimAfonso de Sousa na fundação do povoado de São Vicente, em 1532, Braz Cubas foi um dos mais bem sucedidos. Foi dele a idéia de transferir o porto da baía de Santos para o seu interior, em águas protegidas, dificultando ataques de piratas, no acesso do canal do estuário. Ali foi fundado outro povoado, conhecido a princípio apenas como Porto. O final dessa história todo brasileiro já conhece: o porto da cidade de Santos, nascido do povoado idealizado por Braz Cubas no século 16, cresceu em movimento – a princípio devagar, depois aos saltos, nos tempos áureos da cultura do café no Estado de São Paulo – e hoje é considerado o maior terminal marítimo da América Latina.

Pelo porto, passaram cerca de 68 milhões de toneladas de carga em 2004, um recorde que corresponde a um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Grandes armazéns servem de abrigo a mercadorias dos mais variados tipos – açúcar, café, laranja, algodão, adubo, carvão, trigo, sucos cítricos, soja, veículos. Canalizações submarinas conduzem petróleo e seus derivados, armazenados nos tanques da ilha de Barnabé e nos cais de Alemoa e Saboó.

Com 66 berços atracáveis, o porto teria capacidade para recepcionar o mesmo número de navios ao mesmo tempo. Mas, na prática, o terminal funciona com aproximadamente metade dos pontos de atracação ocupados. A profundidade de 14 metros do canal do estuário, que separa a margem direita (Santos e Cubatão) da margem esquerda (Guarujá) do porto, restringe o tráfego de navios, principalmente os de grande porte quando estão lotados de carga.

Fundeados na barra da Baía Santista, em média, ficam quinze navios por dia, na alta temporada de escoamento da produção agrícola brasileira, que vai de abril a novembro. O tempo de espera pode variar de horas a dias, o que depende de uma série de fatores – desde a existência de uma vaga no terminal de destino, até a espera pela alta da maré ou por um cais de menor profundidade, ou o cálculo da hora certa para entrar no porto pagando menos tarifas.

Novos tempos

A maioria dos navios que trafega pelo porto está lotada de cargas a granel ou carrega contêineres de carga geral, cujo transporte é feito integralmente por máquinas. O transporte de sacas de açúcar, dispostas no porão do na¬vio manualmente, é o mais demorado, exigindo na maioria das vezes mais de um dia de atracação, dependendo da velocidade de trabalho dos estivadores.

Nos terminais de contêineres, a situação é diferente. Construídos há menos de vinte anos, alguns até recém-inaugurados, esses terminais são os mais modernos do porto. Aqui, o andamento do trabalho depende menos da força dos estivadores e mais da capacidade de funcionamento e tecnologia das máquinas. São os novos tempos.
Ao longo da história de Santos, a cidade cresceu e se desenvolveu a partir das docas, interagindo com os navios atracados. “Em alguns momentos, como no final da década de 1970, quase a metade da população economicamente ativa da cidade trabalhava diretamente com o porto”, diz o professor Alcindo Gonçalves, coordenador do Nesse/Unisanta (Núcleo de Estudos Sócio-Econômicos da Universidade Santa Cecília). A situação começou a mudar com a promulgação da lei 8.630, de 1993, a chamada Lei dos Portos. A partir daí, empresas privadas passaram a gerenciar as operações portuárias e também a mão-de-obra. Hoje, essas empresas controlam a rotina tanto dos trabalhadores avulsos a bordo dos navios, como daqueles que atuam no cais.

A vida no porto caminha inexoravelmente para uma separação. A partir desse ano, Santos, como todos os portos brasileiros, têm de colocar em prática o ISPS Code (sigla em inglês para Código Internacional para Segurança de Navios e Instalações Portuárias), uma espécie de selo de garantia para o comércio internacional. “É uma grande oportunidade para agregar vantagem competitiva ao porto”, afirma Fabrizio Pierdomênico, diretor-comercial e de desenvolvimento da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal de capital misto que administra o porto de Santos. “Além de ser o maior porto, o que mais movimenta, o mais importante e o mais estratégico, Santos deverá ser também o porto mais seguro do país.”

As exigências com a segurança já mexem com as estruturas do cais santista. A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), empresa que administra o porto, contratou 166 guardas portuários no final de 2004 e pretende reunir 441 funcionários de segurança próprios durante o ano de 2005. Além desses, a zona portuária já conta com centenas de seguranças particulares, contratados pelas 94 empresas arrendatárias, que zelam por 80% da área do porto.

Também está prevista a instalação de 28 portões de acesso para os 32 mil usuários do porto. Como medida de segurança, os portões serão equipados para fazer a leitura biométrica da mão dos trabalhadores. A segurança vai incluir câmeras de TV, catracas eletrônicas, cancelas e torniquetes. Em maio de 2006, será implantado um radar marítimo que vai fazer a cobertura do porto em um raio de 34 quilômetros, além de uma torre de controle que vai monitorar os 13 mil metros da faixa de cais.

Um dos maiores desafios para o futuro será separar o porto da cidade de Santos – uma das exigências do ISPS Code. Isso porque boa parte da área do porto foi construída sem a preocupação de evitar o acesso da população ao cais. Há trechos em que os moradores utilizam catraias, pequenas embarcações com capacidade para 17 pessoas, navegando por um estreito canal que atravessa o cais. Avenidas cortam o cais na margem direita, na qual não há qualquer separação da comunidade. Nessa história iniciada por Braz Cubas, a cidade cresceu e se desenvolveu a partir das docas, interagindo com os navios atracados. Os novos tempos não vão permitir mais isso.

A antiga fonte de energia

Na base da Serra do Mar, a usina Itatinga resiste ao tempo e mantém em boas condições a imponente casa de força que abastece o porto de Santos de energia elétrica. Levantada pelos ingleses, a usina que iniciou suas operações em 1910, é capaz de gerar de 10kw/h a 15kw/h. Ao seu redor, foi construída uma vila operária, com todas as casas de madeira do mesmo estilo, uma escola primária, posto médico e até cinema. Hoje, está quase tudo desativado, com a redução dos quadros de funcionários. As casas fechadas servem apenas para o pernoite dos funcionários de manutenção da hidrelétrica. Em 2003, a usina teve o processo de tombamento reconhecido pelo Condephaat. Há quem defenda também o tombamento do povoado, antes apelidado de Vila dos Ingleses. O acesso ao lugar é feito por meio de um antigo bonde elétrico.

O porto em números

Malha Ferroviária: Total 100 km
Tanques: Capacidade total 545.000 m2
Dutos: Total 55.000 m
Armazéns: Área total (com silos) 480.000 m2
Pátios: Área total 1.120.000 m2
Usina de Itatinga: Potência 15.000 kW / Linhas de transmissão 30 km
Cais/berço de atracação: Codesp 55 / Terminais privativos 9 / Total 64
Cais/extensão: Codesp 10.900 m / Terminais privativos 1.670 m / Marinha do Brasil 430 m / Total 13.000 m
Área: Margem direita 3.700.000 m2 / Margem esquerda 4.000.000 m2 / Total 7.700.000 m2

Os fregueses do cais

Navios-tanque
Usados no transporte de petróleo bruto e produtos refinados (álcool, gasolina, diesel, querosene etc). As cabines ficam na parte de trás (popa) e quase sempre têm uma ponte no meio do navio que vai até a frente (proa). É uma precaução de segurança, pois, quando carregados, esses navios podem ficar apenas com uma pequena borda fora d’água.

Navios de carga geral
Transportam sacarias, caixas, veículos encaixotados ou sobre rodas, bobinas de papel, barricas, barris etc. Têm aberturas retangulares no convés principal e aberturas chamadas escotilhas, por onde a carga é embarcada para ser arrumada nas cobertas e porões. A carga é içada ou arriada pelo equipamento do navio ou pelos guindastes existentes no porto.

Navios Roll-on Roll-off
A carga entra e sai dos porões e cobertas sobre rodas (automóveis, ônibus, caminhões) ou sobre veículos (carretas, trailers, estrados rolantes etc). Existem vários tipos de RoRos, como os porta-carros, porta-carretas etc, caracterizados pela altura da lateral (costado) e pela rampa na parte de ré ou no costado.

Têm a finalidade de transportar pessoas e bagagens para viagens de cruzeiros turísticos. Possuem estrutura voltada para o lazer, como restaurantes, cinema, piscinas, salões de festa, auditórios etc.

Navios rebocadores
Usados para puxar, empurrar e manobrar navios maiores. Geralmente, eles são utilizados nos canais de acesso dos portos. Podem também socorrer navios em alto-mar, rebocando-os para zonas seguras; e para puxar navios encalhados em bancos de areia.

Navios graneleiros
Servem para transportar grandes quantidades de carga a granel, como milho, trigo, soja, minério de ferro etc. Possuem um longo convés principal e grandes porões. Não têm guindastes e a carga é embarcada pelas esteiras rolantes do porto.

Navios porta-contêineres
Semelhantes aos de carga geral, normalmente não possuem mais de um ou dois mastros simples sem paus de carga. As escotilhas abrangem praticamente toda a área do convés e são providas de guias para encaixar os contêineres nos porões. Alguns navios têm guindastes especiais.
Fonte: http://www.portodesantos.com/kids

Nos tempos do Nasmith

Em 2 de fevereiro de 1892, portanto, há mais de um século, a então Companhia Docas de Santos entregava à navegação mundial os primeiros 260 metros de cais, que substituíram os antigos trapiches e pontes fincados em terreno lodoso e de mangue na área do bairro santista do Valongo. Para marcar aquela data, oficializada como a inauguração do porto de Santos, atracou no cais o vapor Nasmith, de bandeira inglesa. Começava então uma nova fase na vida da cidade fundada no século 16 por Braz Cubas, que já existia em função do comércio portuário desde aqueles tempos longínquos. No final do século 19, já estava em operação desde 1867, a São Paulo Railway, ligando por via ferroviária a região da Baixada Santista ao Planalto, o que melhorou substancialmente o comércio com a cidade de São Paulo e o interior do Estado. Após concorrência pública, a Companhia Docas de Santos foi constituída dois anos depois pelo grupo liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle, autorizado a construir e explorar o porto. Em 1980, com o término do período legal de concessão da exploração do porto, o governo federal criou a Codesp. Com a Lei 8.630 de 1993, chamada Lei dos Portos, os 13 quilômetros de cais, entre as duas margens do estuário de Santos, entraram em nova fase de exploração, com arrendamento de áreas e instalações à iniciativa privada.

Horizonte Gráfico

Santos na Revista Horizonte

Santos, cidade e porto

A vila fundada por Brás Cubas cresceu, ganhou status de capital do café e recupera parte de seu passado

 

foto: João Correia Filho/HG

A cidade de Santos, no litoral paulista, pode se considerar privilegiada. Primeiro, a natureza brindou-a com um estuário perfeito para a atracação de navios de qualquer porte. Faltava descobri-lo, como o fez Brás Cubas, um dos comandantes da flotilha de Martim Afonso de Souza, que fundou a capitania de São Vicente, em 1532. Foi ele quem percebeu o potencial do local para a proteção dos navios que chegavam à região. Em 1540, as autoridades portuguesas autorizaram a transferência do porto de São Vicente para o Enguaguaçu, frente ao povoado ali existente, e que viria a se tornar vila e depois cidade, com o nome de Santos.

Esse é o início da história de uma das cidades mais antigas do Brasil, cujo patrimônio começa a ser relembrado por meio de uma ampla ação de recuperação do seu Centro Histórico. Há muito que ver na cidade, não só resquícios daquela época como dos períodos posteriores, graças ao porto que deu a Santos um papel de destaque em várias situações relevantes do desenvolvimento do país.

O café impactou a arquitetura e o urbanismo de Santos, criando novos padrões e estilos. São do final do século 19, período do apogeu da economia do café, a Estação do Valongo, inaugurada em 1867 para servir a estrada de ferro Santos-Jundiaí (São Paulo Railway), no Largo Marquês de Monte Alegre, e conhecida como “A Ingleza”; a Casa da Frontaria Azulejada, por onde atualmente passa o bonde turístico, na Rua do Comércio; e a Associação Comercial na Rua XV de Novembro, que representava os interesses dos comerciantes de café que exportavam pelo porto de Santos.

O prédio da Bolsa Oficial de Café foi inaugurado bem mais tarde, em 1922, mas é um símbolo da época em que a planta dominou a economia nacional. Em 1981, o prédio foi tombado pelo Patrimônio e perdeu sua finalidade principal, com o encerramento dos pregões que ali se realizavam. As obras de restauração foram finalizadas em 1998, incluindo a instalação do Museu do Café. Além de exposições, funciona no local a Cafeteria do Museu, onde se pode comprar pelo menos cinco tipos de café de qualidade, moídos na hora, e o docecafé, o doce-símbolo da cidade, feito de café com avelãs moídas, banhado com chocolate.

foto: João Correia Filho/HG
Estação do Valongo, da São Paulo Railway, em estilo vitoriano, era conhecida como “A Ingleza”

O caminho do bonde

O mais visível e atraente projeto do Centro Histórico de Santos é a linha do Bonde Turístico, em operação desde 2000 e um dos marcos da urbanização da cidade. Os bondes (um aberto e um fechado) percorrem 1,7 quilômetro. Guias contam histórias sobre vários pontos estratégicos avistados do seu interior. Puxados a burros, os primeiros bondes iam do Centro ao Bairro do Boqueirão. Os elétricos começaram a rodar em 1909, ligando Santos a São Vicente, via praia. O preço de todo o percurso era dois tostões – moeda da época. As linhas funcionaram durante cem anos – de 1871 a 1971.

A cidade conta com alguns marcos importantes do período colonial. Restaram a igreja do Valongo, fundada pelos franciscanos no século 17, que resistiu à construção da Santos-Jundiaí, responsável pela demolição do convento ao lado. Antigo também é o prédio do Mosteiro de São Bento, que hoje abriga o Museu de Arte Sacra. Ao visitá-lo, é possível conhecer as instalações dos frades que viviam enclausurados: celas (quartos), salas de refeição, estudo e claustro.

O museu abriga obras sacras dos séculos 16 a 19, entre elas, uma imagem de Santa Catarina de Alexandrina, de 1540, primeira padroeira de Santos. Quando a vila colonial foi invadida por piratas, em 1591, a capela onde estava a imagem, no Outeiro de Santa Catarina, foi destruída e a santa jogada ao mar. Setenta e dois anos depois, foi recuperada por escravos pescadores do Colégio dos Jesuítas. No outeiro, foi construída nova capela, que funcionou durante dois séculos, até ser desativada.

Mas o mais belo conjunto arquitetônico colonial de Santos são as duas construções da Ordem do Carmo. São duas igrejas barrocas – Nossa Senhora do Carmo e Capela da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo – datadas respectivamente de 1752 e 1754, entrepostas por uma torre revestida de azulejos. Outra capela, igualmente antiga, é a de Nossa Senhora do Monte Serrat, construída entre 1598 e 1603, no alto do morro. Diz a lenda que a santa, cuja imagem de barro cozido, com 40 centímetros de altura, está no altar-mor da capela, é responsável por um milagre. Em 1615, em nova invasão dos piratas, a população foi obrigada a fugir para o morro. Na perseguição, foram salvos porque os assaltantes morreram pelas pedras que rolaram da montanha.

A defesa da Baixada

Nos tempos coloniais, a Baixada Santista era cercada por inimigos – de índios hostis a piratas e invasores. Não é de estranhar, portanto, que a região tivesse muitas fortalezas: Forte São Felipe (1557) e Forte São Luiz (1770), no Guarujá; Fortaleza de Vera Cruz do Itapema (1738), em Vicente de Carvalho, no Guarujá; Forte Augusto (1734) e Forte da Vila, o mais antigo, construído por volta de 1543. Restam desse período, o Forte São João (1551), em Bertioga; e o Forte de Santo Amaro, ou Fortaleza da Barra Grande (1583). Esse último, construído para enfrentar os corsários ingleses e franceses, foi restaurado na década de 1990 pela Unisantos (Universidade Católica de Santos). No interior da ermida, que foi erguida nas instalações da antiga Casa de Pólvora, há um grande painel montado com 350 mil pedras coloridas, última obra do artista Manabu Mabe.

Ainda do período colonial, destaca-se o Engenho dos Erasmos, o mais antigo vestígio do período do açúcar na Capitania de São Vicente. Trata-se de um dos primeiros engenhos do Brasil, e funcionou até o século 18. Produziu também rapadura e aguardente para consumo local. As ruínas do Engenho dos Erasmos foram tombadas pelo Patrimônio Histórico (atual Iphan) em 1963 e integradas ao acervo da Universidade de São Paulo.

Eventos culturais

O Plano de Revitalização do Valongo e o Alegra Centro (ou Programa de Revitalização e Desenvolvimento da Região Central Histórica de Santos), de 2005, foram criados para estimular a recuperação de uma “área de proteção cultural” que abrange 840 imóveis históricos da cidade. As intervenções têm sido realizadas com verbas estatais em parceria com a iniciativa privada. Algumas realizações: reurbanização de praças (José Bonifácio, Mauá, República e Barão do Rio Branco); iluminação com réplicas de lampiões nas ruas XV de Novembro e do Comércio; reforma do Teatro Coliseu (em andamento); restauração do Outeiro de Santa Catarina, que hoje abriga a sede da Fundação Arquivo e Memória de Santos; restauração do prédio da Bolsa de Café, da Casa da Frontaria Azulejada, do Santuário do Valongo e de alguns edifícios da rua XV de Novembro.

foto: João Correia Filho/HG
Palácio da Bolsa Oficial de Café, inaugurado em 1922, foi restaurado e hoje abriga museu e local de exposições

Eventos culturais ao ar livre, como o Música na XV, às sextas-feiras, atraíram cafeterias e restaurantes. Com esse visual envolvente, os próprios santistas agora não vão ao centro somente “por causa dos bancos ou para comprar”. Hoje, o local é procurado também para happy hour, jantar com amigos em bons restaurantes e festas. É opção para passeios em família nos fins de semana, e as tardes de domingo podem ser preenchidas com concertos no suntuoso salão do pregão da Bolsa de Café.

Um ambicioso plano prevê também a destinação para lazer dos armazéns ociosos do Porto – os armazéns de 1 a 8 – entre o Valongo e o Paquetá. A prefeitura pretende transformar a área em um complexo de cultura e lazer. A legislação municipal, por meio do Alegra Centro, já prevê a utilização da área para fins culturais e turísticos, que deverão ser explorados pela iniciativa privada.

O porto continua em pleno funcionamento. Mas privatizado desde a Lei dos Portos, de 1993, modernizou-se e tornou-se o maior da América Latina. Grandes armazéns servem de abrigo a mercadorias variadas, enquanto canalizações submarinas conduzem petróleo e seus derivados aos navios. Economia e patrimônio nesse caso estão andando juntos na cidade que é muito mais do que um dos grandes balneários paulistas.

Santos Futebol Clube
Memorial das conquistas conta história do time de Pelé

Conhecido por fãs de futebol do mundo todo, o Santos Futebol Clube é o embaixador santista no cenário nacional e internacional. O clímax dessa história começou em 1956, quando chegou à Vila Belmiro, onde está localizado o clube, o adolescente Pelé, aos 15 anos. A partir daí, ao longo de mais de uma década, o Santos conquistaria todos os títulos mais importantes de seu tempo, como o bicampeonato mundial interclubes (1962/1963). O Memorial das Conquistas, que fica no próprio estádio, é o museu do time: troféus, documentos, uniformes, fotos ampliadas, flâmulas e recursos multimídia relembram as glórias do Santos.

Horizonte Gráfico

Bolsa do Café comemora 89 anos com catraca livre e atividades educativas


Hoje dia 7, o edifício da Bolsa Oficial de Café completa 89 anos. Para celebrar a data e lembrar a importância do prédio no período áureo da cafeicultura no Brasil, a equipe de ação educativa do Museu do Café (Rua XV de Novembro, 95) preparou programação especial com visita monitorada, jogos e desafios culturais para toda a família. As atividades serão realizadas entre 9 e 17 horas, todas com entrada franca.
O principal destaque do dia é a visita especial para famílias. Para este público a programação, além de visita monitorada, inclui jogos como quebra-cabeças, quiz, caça-detalhes, desafios de mímica e desenho, com a distribuição de brindes aos participantes. O objetivo da ação é promover a integração entre crianças e adultos, lançando mão de atividades lúdicas para reforçar os conhecimentos obtidos durante a visita. As atividades especiais para famílias acontecem às 10h, 12h, 14h e 16h e não necessitam de agendamento prévio.
Quem for ao Museu do Café amanhã 97) poderá conhecer a exposição de longa duração A trajetória do Café no Brasil. O passeio pela história começa com a chegada das primeiras mudas da planta ao País e passa pela profissionalização das plantações, ferrmanentas e da mão de obra. Fotografias, maquetes e painéis ajudam a contextualizar a riqueza trazida pelo café e o desenvolvimento impulsionado pela cafeicultura, como a expansão da malha ferroviária no Estado de São Paulo, por exemplo.
Outro destaque é a influência dos negócios do café no crescimento econômico da cidade de Santos, especialmente por meio do porto. Principal porta de entrada para os trabalhadores imigrantes e de escoamento da produção cafeeira, entre painéis e retratos históricos é possível acompanhar o desenvolvimento daquele que se consolidou como o maior porto da América Latina.
Outra opção é a recém inaugurada mostra temporária Qui si beve caffè. A exposição, em homenagem ao Momento Itália-Brasil, apresenta a influência italiana no Brasil sob o ponto de vista de uma paixão comum aos dois países: o café. A viagem no tempo começa com uma imagem do porto de Genova, principal porta de saída durante o período mais intenso da imigração italiana ao Brasil. Entre 1875 e 1901, mais de 1,5 milhão de italianos desembarcaram em terras brasileiras para trabalhar, principalmente, nas lavouras de café. A mostra, por meio de objetos e imagens, apresenta o panorama da situação econômica da Itália à época e a forte demanda por mão de obra nos cafezais do Brasil.
A exposição também se dedica a retratar a trajetória do hábito de consumo de café no Brasil. Utilizando objetos de várias épocas, a mostra passeia pelas transformações do tradicional cafezinho ao longo dos anos, contemplando ainda a revolução dos filtros de papel, o café solúvel, as cafeteiras italianas, até chegar às modernas máquinas de espresso caseiras. A relação entre os dois países tendo o café como fio condutor evolui até o panorama de suas sólidas relações na esfera comercial, com destaque para a grande representatividade do grão brasileiro no mercado italiano. Em 2010, o país europeu foi o terceiro principal destino da exportação nacional, com 2,78 milhões de sacas de 60 kg. Como um contraponto ao porto de Genova, de onde partiram primeiros imigrantes rumo ao Brasil, o fim da viagem se dá no porto de Trieste, a principal porta de entrada do grão brasileiro na Itália.
O horário de funcionamento é de segunda-feira a sábado das 9h às 17h, e aos domingos entre 10h e 17h. Nos dias de visitação normal os ingressos custam R$ 5, estudantes e pessoas com mais de 60 anos pagam meia-entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado das 8h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h.

 boqnews.com

Eventos culturais são opções no feriado prolongado

Espetáculos para todas as idades movimentam os teatros Municipal Braz Cubas e Coliseu neste feriado prolongado. Algumas alternativas: ‘Herdeiros do Novo Mundo’, ‘Mulheres Alteradas’, ‘Branca de Neve e os Sete Anões’, além do show ‘Claridade’, em homenagem a Clara Nunes.

Com foco em temas atuais e preocupantes, como catástrofes geológicas e mudanças climáticas, a peça ‘Herdeiros do Novo Mundo’ será exibida sábado (10), às 20h, no Teatro Municipal Braz Cubas.

As entradas custam R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia) e estão à venda na bilheteria ou pelo Ingresso Rápido, no telefone 4003-1212. Classificação: 14 anos.

Samara Felippo, Mel Lisboa, Luiza Tomé e Daniel Del Sarto formam o elenco de ‘Mulheres Alteradas’, sábado (10) no Coliseu, às 21h e domingo (11), às 20h. Com participação especial da banda ‘Alteradas’, a montagem narra a história de três mulheres em crise.

Os bilhetes, de R$ 70,00 e R$ 80,00, estão à venda na bilheteria do teatro ou pelo Compre Ingressos, no 4062-0016. Classificação: 12 anos.

A programação atende também o público infantil. O Municipal será palco domingo, às 17h, de ‘Branca de Neve e os Sete Anões’. As entradas custam R$ 20,00 e podem ser adquiridas na bilheteria do teatro ou pelo Compre Ingressos, no telefone: 4062-0177. Classificação: livre.

Já no universo musical, o Teatro Municipal abriga terça-feira (13), às 20h30, o show ‘Claridade’. A cantora santista Simone Ancelmo faz homenagem à sambista Clara Nunes, interpretando ‘Pau-de-Arara’, de Luiz Gonzaga e Gui de Moraes, e ‘Canto das Três Raças’, de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, entre outras melodias.

Os ingressos, a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada), estão à venda na bilheteria do Municipal. Classificação: 10 anos.

Serviço
O Teatro Municipal Braz Cubas fica na Avenida Pinheiro Machado, 48 (Vila Mathias) e o Coliseu, na Rua Amador Bueno, 237 (Centro Histórico). Estudantes, professores e pessoas com mais de 60 anos têm desconto de 50%. As duas bilheterias funcionam das 14h às 19h. Informações: 3226-8000.

Veja o que abre e fecha no feriado

 

 

 

Não haverá expediente nas repartições públicas na quarta,quinta e sexta-feira. O expediente só volta ao normal na segunda-feira.

 

Visita monitorada ao Paço Municipal ­ Todos os dias, das 11 às 17 horas, a cada 30 minutos.

 

Prontos-Socorros (Central, zonas da Orla/Intermediária e Noroeste) e Hospitais ­Plantão 24 horas. Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ­ Não funcionam de quarta-feira a domingo, exceto a unidade Nova

 

Cintra, que manterá pronto atendimento 24 horas para urgências e emergências.

 

Coleta do lixo domiciliar ­ Quarta-feira não haverá. Ocorre normalmente quinta, sexta e sábado.

 

Cata-Treco ­ Quarta-feira e quinta não terá. Sexta e sábado é realizado normalmente.

 

Lixo Limpo ­ A programação de  quinta-feira será transferida para o domingo ,no Rádio Clube,São Jorge, Chico de Paula,Jabaquara, Monte Serrat,José Menino,Pompéia e Gonzaga.Sexta e sábado ocorre normalmente.

 

Feiras livres ­ Armadas normalmente.

 

Postos de InformaçõesTurísticas (PIT’s)­ OPIT do Aquário funciona das 9 às 20 horas. No bonde do Gonzaga, n aCentral de Informações Turísticas Metropolitana e na Rodoviária,o atendimento é das 8 às 20 horas.O PIT do Parque Municipal Roberto Mário Santini funciona das 8 às 18 horas. E o PIT da Praça Mauá atende das 10 às 18 horas.

 

Aquário Municipal ­ Funciona normalmente todos os dias, das 9 às 20 horas.

 

Orquidário Municipal ­ Fechado para  reforma.

 

Jardim Botânico ­ Funciona normalmente, das 8 às 18 horas.

 

LinhaTurística do Bonde ­ Funciona das 11 às 17 horas, com saídas a cada 30 minutos da Praça Mauá, no Centro Histórico. A passagem custa R$ 5,00.

 

Double Decker ­ Não funciona.

 

Linha Turística Conheça Santos ­  Circula todos os dias, das 9 às 17 horas, com saídas de hora em hora, na Praça das Bandeiras, Gonzaga. A passagem custa R$ 10,00.

 

Pantheon dos Andradas ­ Funciona de  quarta-feira a domingo, das 11 às 17 horas.

 

Engenho dos Erasmos ­ Aberto todos os dias, das 8 às 18 horas.

 

Outeiro de Santa Catarina ­ Abre todos os dias, das 11 às 17 horas.

 

Jardim das Artes ­ Exposição normal, das 9 às 20 horas.

 

Gibiteca Marcel Rodrigues Paes (Posto5) ­Funciona no sábado, das 9 às 19 horas, e no domingo das 9 às 13 horas. Permanecerá fechada de amanhã até sexta-feira.

 

Biblioteca Municipal Mário Faria (Posto 6) ­ Estará fechada de quarta-feira até sexta-feira. Funciona normalmente no sábado e no domingo, das 9 às 13 horas.

 

FeirArte­Funciona de quarta-feira a sábado no Boqueirão, das 16 às 22 horas, e no domingo, na frente do Sesc, no mesmo horário.

 

Estacionamento Regulamentado ­ O uso do cartão está liberado quarta e quinta-feira. Sexta e sábado funciona normalmente.