Instalado no antigo edifício da Bolsa Oficial de Café, o museu recebeu a visita de 201.045 pessoas durante o ano passado.
Um dos destaques é o Salão de Pregão, onde eram realizadas as negociações da cotação do café até a década de 50.
No salão anexo, as três telas do pintor Benedicto Calixto mostram um pouco das fases do café e da história do Estado de São Paulo, assim como o vitral sobre o Salão de Pregão. A trajetória do café é ilustrada através de equipamentos de plantio e produção da época em que tudo era feito de maneira artesanal.
O início da comercialização do grão é descrita através dos equipamentos de secagem, moagem e pesagem. Todos ainda de forma artesanal, o que mostra a evolução do processo até os dias de hoje.
Documentações
O Museu do Café reserva um espaço para quem quer pesquisar um pouco mais da história do produto através de livros, publicações ou pela internet.
Para isto, conta com um espaço reservado para esses levantamentos. Segundo a coordenadora técnica da Bolsa do Café, Marcela Rezek, pelo Centro de Informação e Documentação pode-se constatar o aumento do número de visitas.
“Aqui são deixados recados contando o que o café faz lembrar. E vemos uma grande quantidade de bilhetes escritos em outros idiomas, como espanhol e até japonês”, explica.
As mostras temporárias do segundo piso também são boas opções de conhecimento da história da Cidade e do País.
Com o nome Café Porto Cidade, a exposição destaca a participação do produto na expansão das atividades do Porto de Santos e também da Cidade.
As ferrovias tiveram um destaque especial nesta evolução, principalmente por conta do desenvolvimento que trouxe às cidades que produziam o grão e o enviavam ao Porto de Santos para a exportação.
Influência italiana
Uma imagem do porto de Genova abre a exposição Itália – café – Brasil: Qui si beve Caffè, que mostra um pouco da tradição italiana na degustação do produto.
Genova foi a principal porta de saída durante o período mais intenso da imigração italiana ao Brasil. Entre 1875 e 1901, mais de 1,5 milhão de italianos desembarcaram em terras brasileiras para trabalhar, principalmente, nas lavouras de café.
A trajetória mostra o enriquecimento das famílias que cultivavam o produto e até as tradições das máquinas italianas e cafeteiras expresso. As técnicas usadas para a classificação, torrefação e comercialização dos grãos também são destaques desta exposição, que revela ainda receitas como o autêntico cappuccino italiano e um prato de carne ao molho de café.
O Museu do Café fica na Rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento, durante a temporada de verão, é de segunda-feira a sábado, das 9 às 17 horas, e aos domingos entre 10 e 17 horas.
Os ingressos para visitação custam R$ 5,00. Estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado, das 8 às 18 horas, e aos domingos entre 10 e 18 horas. Outras informações estão disponíveis no endereço eletrônico da Bolsa Oficial de Café, no site www.museudocafe.org.br.
A Tribuna