Bolsa Oficial de Café: sabores e história em Santos

Instalado no antigo edifício da Bolsa Oficial de Café, o museu recebeu a visita de 201.045 pessoas durante o ano passado.

Um dos destaques é o Salão de Pregão, onde eram realizadas as negociações da cotação do café até a década de 50.

No salão anexo, as três telas do pintor Benedicto Calixto mostram um pouco das fases do café e da história do Estado de São Paulo, assim como o vitral sobre o Salão de Pregão. A trajetória do café é ilustrada através de equipamentos de plantio e produção da época em que tudo era feito de maneira artesanal.

O início da comercialização do grão é descrita através dos equipamentos de secagem, moagem e pesagem. Todos ainda de forma artesanal, o que mostra a evolução do processo até os dias de hoje.

Créditos: Davi Ribeiro

Salão do Pregão, já foi palco de importantes negociações na década de 50.

 


Documentações

O Museu do Café reserva um espaço para quem quer pesquisar um pouco mais da história do produto através de livros, publicações ou pela internet.

Para isto, conta com um espaço reservado para esses levantamentos. Segundo a coordenadora técnica da Bolsa do Café, Marcela Rezek, pelo Centro de Informação e Documentação pode-se constatar o aumento do número de visitas.

“Aqui são deixados recados contando o que o café faz lembrar. E vemos uma grande quantidade de bilhetes escritos em outros idiomas, como espanhol e até japonês”, explica.

As mostras temporárias do segundo piso também são boas opções de conhecimento da história da Cidade e do País.
Com o nome Café Porto Cidade, a exposição destaca a participação do produto na expansão das atividades do Porto de Santos e também da Cidade.

As ferrovias tiveram um destaque especial nesta evolução, principalmente por conta do desenvolvimento que trouxe às cidades que produziam o grão e o enviavam ao Porto de Santos para a exportação.

Influência italiana

Uma imagem do porto de Genova abre a exposição Itália – café – Brasil: Qui si beve Caffè, que mostra um pouco da tradição italiana na degustação do produto.

Genova foi a principal porta de saída durante o período mais intenso da imigração italiana ao Brasil. Entre 1875 e 1901, mais de 1,5 milhão de italianos desembarcaram em terras brasileiras para trabalhar, principalmente, nas lavouras de café.

A trajetória mostra o enriquecimento das famílias que cultivavam o produto e até as tradições das máquinas italianas e cafeteiras expresso. As técnicas usadas para a classificação, torrefação e comercialização dos grãos também são destaques desta exposição, que revela ainda receitas como o autêntico cappuccino italiano e um prato de carne ao molho de café.

O Museu do Café fica na Rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento, durante a temporada de verão, é de segunda-feira a sábado, das 9 às 17 horas, e aos domingos entre 10 e 17 horas.

Os ingressos para visitação custam R$ 5,00. Estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado, das 8 às 18 horas, e aos domingos entre 10 e 18 horas. Outras informações estão disponíveis no endereço eletrônico da Bolsa Oficial de Café, no site www.museudocafe.org.br.

 

A Tribuna

 

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Santos é bem mais do que apenas um local de embarque

Nos momentos de pico, quando no porto de Santos, a 72 km de São Paulo, embarcam e desembarcam até 22 mil passageiros em até seis transatlânticos, ficar esperto é preciso.

Quem desce a serra do Mar num ônibus fretado deve comprar antecipadamente a condução de volta, a ser usada ao fim do cruzeiro, para subir o sistema Anchieta-Imigrantes. No desembarque, a confusão reina e, sem o bilhete pré-adquirido, há burocracia para conseguir condução rumo à capital paulista.

Junto ao cais, as filas do táxi costumam ser enormes na área do terminal Giusfredo Santini, quando, de uma só vez, aportam os transatlânticos gigantescos.

Mas, além de local de embarque e desembarque, o megaporto de Santos é uma cidade vibrante, com bons shoppings, repleta de museus e passeios históricos.

Quem tiver tempo, vindo do interior e chegando de véspera a Santos, por exemplo, pode aproveitar para caminhar pelos 5,3 km de orla ajardinada que tem início na Ponta da Praia, que fica próxima ao canal 7. Para descobrir os detalhes, convém navegar pelo site www.santos.sp.gov.br.

Vista da praia de Santos diante da praça das Bandeiras ao anoitecer
Vista da praia de Santos diante da praça das Bandeiras ao anoitecer

Desde logo, perto do cais do porto, o passeio típico inclui a visita da Bolsa e do Museu do Café, na rua 15 de Novembro, 95. Até a Ponta da Praia, o melhor é pegar um táxi, pois o trânsito até lá é pesado e as calçadas são precárias.

Chegando à avenida costeira, uma visita interessante é o Museu da Pesca, instalado num prédio de 1908, na rua Bartolomeu de Gusmão, 192. O mesmo local já foi uma fortaleza que, desde 1753, defendeu a cidade e o porto.

Esse museu exibe uma ossada de baleia de 23 m e 7 toneladas, tem um móvel antigo onde há amostras de areia de cada uma das praias do Brasil e exibe tubarões e lulas gigantescas que foram empalhados.

Também na rua Bartolomeu de Gusmão, à beira-mar, o Aquário Municipal foi restaurado e faz a alegria das crianças.

VISTA SANTISTA
Entre as excursões normalmente oferecidas a bordo, o monte Serrat, uma montanha ao fundo da cidade que é servida por escadaria e por bondinho tipo plano inclinado é, desde 1909, objeto de peregrinação turística e religiosa.

O acesso para subir e avistar, nos dias claros, toda a Baixada Santista é feito pela praça Correia de Melo, 33.

Outras atrações para quem vê em Santos uma parada turística (e não apenas como local de embarque) são os restaurantes populares para comer peixe. Mas fique atento, chegar cedo e não perder o horário de embarque é fundamental.

 

Folha de São Paulo

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Férias no Praiamar Shopping