Diferente da população que não sofreu aumento significativo, áreas como moradia, saúde e educação – além da frota municipal de veículos – tiveram grandes mudanças
Santos está em constante desenvolvimento e vive, há pelo menos 10 anos, mudanças significativas tanto na economia como em questões sociais e educacionais. O boom do crescimento começou, principalmente, após a descoberta de reservas de gás e petróleo na Bacia de Santos pela Petrobras, e com a construção da Unidade de Exploração e Produção de Gás e Petróleo, no Valongo, cujas obras foram iniciadas em julho de 2011, com a previsão de seis mil vagas de emprego diretos – sem contar os indiretos.
Tal novidade, aliada a diversas características santistas como o alto índice de qualidade de vida, traz a cada dia novos investidores. A Cidade começou também a crescer verticalmente, como é possível perceber com os recentes empreendimentos imobiliários. De acordo com o Departamento de Controle do Uso e Ocupação do Solo e Segurança de Edificações (Deconte), a prefeitura conta hoje com 95 projetos imobiliários de grande porte em aprovação, além de 94 em andamento – desde 2005. Os números influenciam nos valores dos imóveis que subiram nos últimos anos. No centro, por exemplo, uma área que no ano passado valia R$ 300/ m² aumentou para cerca de R$ 1 mil a R$ 2 mil/ m² naquela região.
Mesmo com os novos investimentos, o número da população santista não sofreu – ainda – grandes impactos. Em 10 anos, para se ter ideia, a Cidade ganhou apenas 1.417 moradores. O que foi observado em 2011 foi uma migração natural da população nos bairros da Cidade e a valorização de áreas antes esquecidas. A Zona Noroeste teve um aumento de 2,3% em sua população. O bairro Bom Retiro foi o que apresentou maior crescimento, de 33,4%, o que representa mais de 2 mil novos moradores. Caracterizada por casas e prédios de até três andares, a região também já ganha novos empreendimentos imobiliários.
O número da frota municipal, entretanto, apresentou nos últimos oito anos aumento considerável. De 2004 para 2011, a frota cresceu 49%, pulando em 2011 para 250081. Somente de veículos são 140313 – ante os 110.187 em 2004 – o que gera 2,98 por cada habitante. O aumento foi ainda maior em relação a frota de motos, que passou de 24.526, em 2004, para 44.455, no ano passado.
Apresentado como um dos principais problemas do munícipio, o trânsito cada vez mais caótico precisa ainda de resoluções e melhorias principalmente no transporte público (que neste domingo sofre aumento para R$2,90) para que se torne uma opção para a população no dia-a-dia.
Em outras áreas como saúde e educação também é possível observar mudanças. A Cidade ganhou no período de oito anos, doze escolas – porém teve o número de estudantes reduzido em aproximadamente mil alunos na rede municipal. Na área de turismo, um dos principais avanços foi a construção de mais cinco hoteis na Cidade, desde 2005.
Veja números das mudanças
População
419.348 (2004) – 419.509 (2011)
Rede Hoteleira
17 (2004) – 22 (2011)
Educação
Número de escolas
68 (2004)- 80 (2011)
Números de alunos:
41 mil alunos (2004)- 40 mil alunos (2011)
Saúde
Unidades básicas de saúde (UBS) e de Unidades de saúde da família (USF)
21 (2005) – 31 (2011)
Equipes de saúde da família
2 (2005) – 15 (2011)
Taxa de mortalidade infantil
15,5% (2004) – 13,9% (2010)
Frota de veículos
167761 (2004) – 250081 (2011)
Economia
PIB PER CAPITA
24.450,58 (2004) – 54.054,76 (2009)
Salário médio mensal
3,8 Salários mínimos (2004) – 3,5 salários mínimos (2009)
Violência
14% – foi a redução da violência na Cidade
Homicídio Doloso
56 (2004) – 36 (2010)
Furto
8.655 (2004) – 7.106 (2010)
Roubo
4.906 (2004) – 4.047 (2010)
Furto e Roubo
2.273 (2004) – 2.330 (2010)
Boqnews
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