O Rainbow Warrior, mais novo navio da frota do Greenpeace (organização não-governamental que defende o meio ambiente), virá ao Porto de Santos no próximo dia 30. A embarcação está no Brasil desde o dia 20 de março para participar de ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia.
Quando o navio atracar no complexo santista, os moradores da região terão a oportunidade de subir a bordo, conhecer a tripulação e participar das campanhas em defesa do meio ambiente.
O ponto de partida para a expedição do ‘navio-ativista’ foi Manaus (AM), onde mais de 1.300 pessoas visitaram o Rainbow Warrior. “Esperamos que o sucesso alcançado em Manaus se repita nas outras cidades por onde o navio passar”, disse a coordenadora de campanha do Greenpeace, Tatiana de Carvalho.
No litoral fluminense, o Rainbow Warrior participará da Rio+20 – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Navio sustentável
Com 58 metros de comprimento (equivalente a duas baleias azuis), o Rainbow Warrior é referência em sustentabilidade náutica.
Cada detalhe foi pensado para ter a menor emissão de carbono possível. Como exemplo, podem ser destacados a reutilização do calor do motor para aquecer as cabines da tripulação e o desenho do casco, feito de maneira aerodinâmica para melhor aproveitar a força dos ventos.
O vento, aliás, é o que move o navio. O motor híbrido (com alimentação a óleo diesel e eletricidade) é acionado apenas sob condições climáticas desfavoráveis ou em operações que exijam velocidade máxima.
Protesto
Durante a expedição, o Rainbow Warrior foi utilizado como base para ativistas no bloqueio ao navioClipper Hope, que foi impedido de entrar no Porto do Itaqui (MA). A equipe do Greenpeace escalou a âncora da embarcação para impedir o carregamento de ferro gusa no complexo maranhense. Segundo a ONG, a produção desse tipo de minério no País é relacionada a trabalho escravo, desmatamento ilegal e invasão de terras indígenas.