Para celebrar o centenário do Rei do Baião, ALCEU VALENÇA apresenta o show “LUA E EU”. O espetáculo explicita as relações entre a obra de LUIZ GONZAGA e sua influência na criação musical de Alceu. Nas palavras do cantor, o show estabelece “relações temáticas, poéticas e estilísticas” entre o cancioneiro de um e de outro.
A relação direta entre os dois artistas do sertão e do agreste pernambucanos é evidenciada no número que junta “Asa Branca” e “Anunciação”, duas das composições mais representativas da música popular do Nordeste, concebidas respectivamente por Luiz e Alceu. Além destas, toadas como “Estrada de Canindé” e “Solidão”; xotes como “Sala de Reboco” e “Pé de Rosa” ou baiões como “Baião” e “Coração Bobo” se alinham quanto ao gênero. Dentre as relações temáticas e poéticas, “Pau de Arara” e “Dia de Cão” entoam cantos de partida. “Juazeiro” e “Na Primeira manhã” se alinham no tema do desamor; “Tropicana” e “Vem Morena” acrescentam malemolência à conquista amorosa, já “O Cheiro da Carolina” e “Xote Delicado” exaltam as sutilezas sedutoras da condição feminina.
Nascido no agreste de Pernambuco, Alceu Valença cresceu escutando a música de Luiz Gonzaga, mas também os elementos originais que ajudaram o Rei do Baião a consolidar seu estilo. Pelo canto dos aboiadores, dos emboladores, dos cantadores de feira, das toadas, das cantigas de cego e outras tantas manifestações populares que conhecera desde a infância, Alceu assimilou a música de Gonzaga também a partir das raízes que a constituíram. O próprio Luiz, ao assistir a um show de Alceu, no início de sua carreira, sentenciou ao então jovem compositor: “Sua música soa como uma banda de pífano elétrica”. Anos depois, Gonzaga viria a gravar uma composição de Alceu, “Plano Piloto”, escrita em homenagem a Brasília.
Alceu, por sua vez, gravou diversas canções de Luiz, ao longo de sua carreira. No último encontro, pouco antes de sua triste partida, o mestre pediu a Alceu que cuidasse de seu legado: “Não deixe meu forrozinho morrer”, – sentenciou. Lua e Eu manifesta a grande arte nordestina e celebra o centenário de Luiz Gonzaga, de modo a reafirmar seu legado como matriz da melhor canção popular do nordeste. Alheio aos polietilenos de baixa densidade dos forrós de plástico, Alceu vai mostrar pra vocês como se canta o baião.
Dia: 17/07
Terça, às 21h.
Ginásio
Não recomendado para menores de 18 anos
R$ 30,00 [inteira]
R$ 15,00 [usuário inscrito no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante]
R$ 7,50 [trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes]
SESC Santos
R. Conselheiro Ribas, 136 – Aparecida
Telefone: (13) 3278-9800