A torre de 14 metros de altura localizada no Parque Municipal Roberto Mário Santini, em Santos, no litoral de São Paulo, em breve será o maior mural de grafitte da Baixada Santista. É que sete artistas da região se juntaram para realizar o projeto “Mural da Torre”, que visa difundir a cultura e a arte de rua entre os moradores e turistas que visitam o local.
A iniciativa conta com o apoio da Prefeitura de Santos, e a obra é feita pelos grafiteiros Pesado Dub, Shesko, Colante, Thago, Beto Crash, Nando e Twosan. Os artistas são das cidades de Santos, Guarujá e Praia Grande. A torre foi escolhida por ter uma ótima localização, ter uma parede grande e lisa, além de ser visualizada por um grande número de pessoas. O projeto começou a ser executado em setembro e, a previsão é de que seja finalizada até a primeira quinzena de novembro.
Segundo um dos artistas do projeto, Leandro Shesko, o tema do painel seguirá a ideia que o grupo tem do ambiente, com temas relacionados ao mar, natureza, arte e o esporte. “Qualquer um que visualiza o lugar já pensa em mar, esportes e natureza, então pensamos em algo com esse tema, porém, adaptando para a linguagem urbana de grafitte, diferente, algo vindo do street”, explica Shesko. O local é conhecido como Emissário Submarino.
Na produção serão utilizados sprays especiais, de baixa pressão e acabamento reforçado, além de detalhes feitos com pincel e stencil. São, aproximadamente, 14 metros de altura trabalhados milimétricamente. Shesko explica que os sete artistas se reuniram para discutir o tema, e eles tentaram agregar o estilo de todos os grafitteiros no projeto. ” Tentamos juntar todos os trabalhos, mas que tudo ficasse uniforme em uma obra só. Apesar das diversas reuniões que fizemos antes de elaborar o projeto, muitas ideias surgem na hora”, diz o grafiteiro.
A expectativa dos artistas é de que a iniciativa agrade a todos. “Queremos chamar a atenção de todos, tirar o grafite da ilegalidade e também promover a cultura e a arte de rua, mobilizando o poder público e privado para várias questões. Isso tudo criando algo apenas para ser contemplado”, comenta Shesko.
G1