Um dos poucos refúgios tipicamente caiçaras da região, a Ilha Diana celebra mais um ano de fundação com a força dos quase 150 moradores que enfrentam, com coragem, as mudanças impulsionadas pela industrialização. Boa parte deles, conta a tesoureira da Sociedade de Melhoramentos, Eliza Maria da Silva Alves, trabalha nas obras do novo terminal do Porto de Santos (Embraport).
O empreendimento é a mais recente prova de que a Ilha não é mais aquela de Hélio de Oliveira França. Aos 68 anos,ele é filho dos primeiros moradores do local na década de 1930. Hélio conta que no começo todos viviam da pesca, e hoje a oferta de peixes é bem escassa. Aliás, afirma ele, poucos são os que ainda sobrevivem da pesca.
Crescimento
“Na verdade, nós estamos tentando nos adaptar às mudanças.Queremos qualificar nossos jovens ao mesmo tempo que também queremos preservar nossa história”, conta a tesoureira Eliza. Para isso, ela diz que a comunidade da Ilha quer cada vez mais a oportunidade de cursos profissionais e fomento para a área do turismo, mas com cuidado. “Nós agendamos visitas monitoradas, até levamos o pessoal para conhecer o manguezal. Mas tudo com muito cuidado para preservar esta área”.
Buscar mão de obra na Ilha e tentar estreitar o relacionamento é algo almejado pela Odebrecht. “Nós temos muito claro este compromisso com a questão social na Ilha. Buscamos sempre apoiar a comunidade seja colaborando em obras ou até mesmo em projetos sociais”, diz Fábio Lago, do setor financeiro da Odebrecht. Tanto que, segundo ele, a empresa esteve envolvida na construção do novo píer, da brinquedoteca e do viveiro de pássaros existentes no local.
A Tribuna