Fiel retratista do mar, Benedicto Calixto foi nacional e internacionalmente reconhecido por sua obra. Começou sua carreira retratando com perfeição cenas do cotidiano e costumes de Santos e regiões próximas. Teve sua primeira exposição permanente aos 18 anos, e foi a partir desta que ele foi consagrado, ganhando bolsa de estudos em Paris. Quando retorna, cria a pintura do teto do Teatro Guarani, que não existe mais.
Residiria em São Vicente, onde vivera até seu falecimento por parada cardíaca em 31/05/1927.
Situada a rua Bartolomeu de Gusmão número 15, a Pinacoteca Benedicto Calixto recebeu esse nome em 1986, de acordo com lei municipal.
O casarão branco foi construído pelo alemão C.A.Dick , em 1900. Foi vendida para Francisco C. Pires, um barão do cafe. Que logo em seguida vende para um asilo de inválidos Em 1921 Francisco Pires resgata o resgata e executa uma ampla reforma, dando ao casarão formas atuais.
Devido a quebra da bolsa de café, os Pires tiveram que se desfazer da propriedade, onde por um tempo funcionou um pensionato de moças. Uma família de espanhóis compra a casa, e seus herdeiros não percebendo o valor da propriedade a aluga a moradores de rua, transformando o casarão em um cortiço o que gera a depredação do mesmo. Com a falta de pagamento de impostos, a prefeitura intervem, declarando o imóvel patrimônio histórico cultural de Santos. Resgatando e restaurando o imóvel e concedendo o nome do pintor do mar, expondo suas obras.
Com patrocínio da Rodrimar, a pinacoteca conta com exposições gerais, aulas de musica e palestras em geral grátis e abertas ao publico.
Tem uma biblioteca com grandes obras da arte que pode ser consultada de terça a sexta das 9 as 18 horas.
Novo projeto, chamado Livro Livre, conta com títulos disponíveis a população que pode ser retirado, lido e passado a diante. sendo deixado em lugares movimentados, para que outra pessoa possa ler. O projeto aceita doações que pode ser entregue na biblioteca da pinacoteca.
O casarão conta também com uma lojinha, que vende produtos relacionados a sua historia e a de Benedicto Calixto, conta com bloquinhos, canetas, cartões postais e livros. São dois deles, A Branquinha – a historia do Casarão Branco, historia para crianças escrito por Barbara Leite, funcionária da Pinacoteca, e Memorias do Casarão Branco, escrito por Edith Pires Gonçalves Dias, decima primeira filha de Francisco Pires, que aos 94 anos esbanja lucidez e simpatia.
A Pinacoteca fica aberta de terça a domingo das 9 as 18 horas. e pode-se agendar visitas guiadas gratuitamente pelo telefone 32882857.
Mariana Fernandes