
Ao invés da ideia de se municipalizar o prédio da Cadeia Velha, no Centro, o Governo do Estado e a Prefeitura de Santos discutem uma possível gestão compartilhada do equipamento histórico.
O assunto foi pauta de uma reunião entre o secretário estadual de Cultura, Marcelo Araújo, e o comandante da pasta municipal, Raul Christiano, na última sexta-feira.
No encontro, ficou acertado que não é o momento de se discutir a utilização do imóvel, mas garantir a continuidade de uma das ações mais expressivas desenvolvidas no espaço, a Oficina Cultural Pagu, do Governo do Estado.
A intenção de a Prefeitura realizar obras no local e já definir atividades para a reabertura está descartada. Pelo menos por enquanto.
A proposta é que a gestão compartilhada aconteça em dois momentos principais. O primeiro, agora, enquanto o prédio está fechado. O segundo, quando for reaberto após o restauro, o que se espera acontecer daqui a dois anos.
Agora, a ideia é reavivar a Oficina Cultural Pagu principalmente nos Portos de Cultura, núcleos descentralizados da Prefeitura que oferecem atividades nos bairros. Depois da revitalização da Cadeia Velha, explica Christiano, o Município deverá colaborar com a sua manutenção.
“Criou-se um movimento contra a municipalização. Mas não há isso. O secretário (Marcelo Araújo) destacou que o imóvel é emblemático para a história de Santos e continuará com o Estado, mas gostou bastante da ideia de compartilhar a gestão”, diz Christiano.
A edificação, localizada na Praça dos Andradas, está fechada. O Estado identificou problemas no prédio, como infiltrações nos telhados, que causaram danos nas paredes, deteriorando o piso original e comprometendo equipamentos e mobiliários. Por isso, iniciou-se o processo para restauração do imóvel, que é tombado.
De acordo com Christiano, conforme informações do Estado, o edital para as reformas da Cadeia Velha deve ser publicado ainda neste semestre. A previsão é que as obras tenham início em setembro e durem cerca de 18 meses.
“Essa nossa proposta é porque a grande preocupação era que o Estado deixasse de oferecer a Oficina Pagu. Antes da Cadeia Velha fechar, eram 3.500 vagas, hoje são 340. Lá na frente, o que será feito com o imóvel é uma questão a ser discutida mais adiante. Não adianta colocar os carros na frente dos bois”, diz o secretário santista.
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