Rubens Ewald Filho ganha estrela da fama santista

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O crítico de cinema Rubens Ewald Filho ganhou uma estrela na calçada da fama do Cine Roxy em Santos, no litoral de São Paulo, na noite desta quinta-feira (31). Após homenagem, santista participou de um bate-papo com o público sobre o filme ‘O lado bom da vida’.

Os atores santistas Ney Latorraca, Sérgio Mamberti e Nuno Leal Maia são alguns dos nomes que estão na Calçada da Fama do cinema. Neymar também tem seu registro na calçada. A décima pessoa a receber a homenagem foi o crítico de cinema. “Talvez ele seja o principal nome ligado ao cinema da cidade de Santos. Ele é o cara mais conhecido da cidade de Santos e um dos mais conhecidos do Brasil no mundo. Nada mais significativo do que isso”, explica o empresário Toninho Campos.

O santista se ajoelhou para agradecer a homenagem. “Se fosse em Hollywood eu não sei se seria a mesma emoção. É muito bom você ser recebido na sua terra natal. Eu tenho vindo pouco, mas as  lembranças são muitas”, conta o crítico Rubens Ewald Filho.

O crítico lembrou ainda da sua primeira experiência com o cinema. “O primeiro cinema que eu fui ficava na Praça da Independência e chamava-se Cine Atlântico. Era uma matinê baby, às 10h de domingo. Eu me lembro do teto que eram nuvens azuis, e ele tinha uma visão perfeita, embora fosse um cinema mais simples. Era uma época mais simples, mas foi a época e o momento que me fez me apaixonar pelo cinema”, comenta Rubens.

Depois da homenagem, o crítico foi para a sala de cinema conversar com o público sobre o que ele chama de ‘trabalho’. O tema do bate-papo foi a pré-estreia do filme ‘O lado bom da vida’, que está concorrendo a oito premiações no ‘Oscar’. “Ele é uma comédia romântica diferente de todas. Lidando com uma doença mental, mas com muito bom humor. O diretor tem um filho com doença mental, que não deixa ele exprimir sentimentos. É uma forma de autismo. Ele está no filme, o filme foi feito para ele, e ele procurou o filme como a forma de se comunicar com o filho”, completa o crítico.

 

G1

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De Santos para Hollywood: Afonso Poyart vai dirigir ‘Solace’, próximo filme de Anthony Hopkins

O diretor santista Afonso Poyart está a caminho de Hollywood. Ele vai ser o diretor do longa ‘Solace’, da Warner Bros, que tem no elenco o ator Anthony Hopkins, bastante conhecido por interpretar o serial killer canibal, Hannibal Lecter, nos filmes O Silêncio dos Inocentes, no qual ganhou o Oscar de Melhor Ator, e na sequência Hannibal. O famoso ator, que já foi dirigido pelo também brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus e Ensaio sobre a Cegueira) no longa ‘360’, está bastante satisfeito com a escolha de Poyart para dirigir seu próximo filme.

Poyart não esconde a satisfação e afirma estar muito feliz, até porque essa oportunidade veio poucos meses depois do lançamento de ‘2 Coelhos’, em janeiro de 2012 e que faz bastante referência à cultura pop, além de trazer uma tecnologia pouco usada nos filmes nacionais. O longa, que aposta em cenas de ação cheias de efeitos especiais, estrelado por Alessandra Negrini, Caco Ciocler e Fernando Alves Pinto serviu para divulgar o santista junto aos produtores americanos.

O diretor, que hoje tem 34 anos e começou seu trabalho há 15 anos em Santos, atualmente trabalha na fase de pré-produção de Solace e deve começar a filmá-lo em janeiro de 2013. Ele conversou com o Espaço de Cinema sobre a fase atual da carreira e falou sobre a experiência em Hollywood, a expectativa em dirigir Hopkins, além de falar sobre o trabalho em 2 Coelhos e o cinema na Baixada Santista. Confira a entrevista:

Como foi chegar a Hollywood ?
Depois que ‘2 Coelhos’ foi lançado comecei a ser sondado por alguns estúdios para dirigir filmes lá. Teve um processo que me levou a isso, de um manager que viu ‘2 Coelhos’ e me levou para os EUA, acabei sendo agenciado e a agência começou a mostrar meu filme para alguns estúdios que demonstraram interesse. Muita gente me mandou roteiro e um deles foi esse, que era um projeto bacana com o Anthony Hopkins já elencado. A gente aprofundou as conversas, tive um encontro com ele, com o pessoal do estúdio, reuniões com a Warner Brothers. E então a gente acabou fechando negócio e eles me contrataram para fazer esse filme.

Qual a expectativa de filmar com Anthony  Hopkins?
Estou super animado. É um trabalho duro, pois não é um processo simples. A gente tem trabalhado muito no filme, arrumando roteiro, buscando o resto do elenco, fazendo o orçamento bater no orçamento que precisa chegar. Não é simplesmente ser contratado e ir lá filmar, pois antes tem que passar por muita coisa. E é um aprendizado para mim participar desse mercado organizado, e que realmente é uma indústria de cinema. Eu estou muito animado, feliz e trabalhando para caramba, tentando fazer o melhor possível.

Você chegou a imaginar que chegaria a esse patamar e ir filmar nos Estados Unidos?
Eu sempre quis isso, sempre olhei para esse lado de querer fazer um filme no exterior, participar do mercado internacional de cinema. Acho que esse foi um sonho meu, é um sonho de muitos diretores e não imaginava que fosse acontecer rápido como aconteceu, logo depois de ‘2 Coelhos’. Seis meses depois de ‘2 Coelhos’ ter estreado no cinema eu já estava com o contrato lá. Quando eles vieram falar comigo, eu pensei que fosse demorar uns dois anos para eu realmente ter um filme e isso aconteceu de repente. A gente trabalhou muito para isso, não caiu no colo. Quando apareceu o filme, a gente foi atrás, pensou, fiz uma apresentação para eles com a minha visão do filme.

‘2 Coelhos’ foi bastante aclamado por inovar na linguagem do cinema e por ser recheado de ação e efeitos especiais. Em que você se inspirou para criar o longa?
Eu sempre quis fazer um filme com essa ideia de um homem comum que monta um plano para se vingar desses dois males, desses dois vilões que é a criminalidade e a corrupção. Esse é o mote inicial da coisa, mas o filme é muito mais sobre uma redenção pessoal, dessa jornada de acertar as contas com o passado. Sobre essa coisa dos efeitos, eu sempre fui muito apegado nos thrillers, nos filmes que tem ação, que tem essa pegada espaço mais agitada. Eu comecei minha carreira fazendo animação, computação gráfica, então eu tenho uma facilidade. Então é natural que eu iria utilizar essa bagagem no meu primeiro projeto de cinema.

Teve o lado positivo, mas por outro lado, li várias críticas negativas sobre o trabalho, comparando com outros cineastas como o Guy Ritchie. O que você acha disso?
Eu não acho nada ruim compararem com o Guy Ritchie, eu gosto muito dele e eu não levo isso a mal. Não acho que tenha alguma a coisa a ver com o Guy Ritchie o filme. Em alguns momentos pode parecer com o Tarantino, pode parecer com um monte de gente. São as minhas inspirações. Cresci vendo filmes desses caras e eu gosto, então não tem como eu correr disso. Eu bebo dessa água e tento criar uma cara minha. Essas são as inspirações que eu tenho, desses diretores que eu acho que são legais, que são interessantes.

Em ‘2 Coelhos’ você trabalha com inserções de animações e imagens que remete à videogame, inovando a linguagem do cinema nacional. No próximo filme, você pensa em algo que vá para essa direção?
Eu tenho um ponto de vista muito formado sobre como um filme deve parecer e como deve ser feito. Eu quero manter isso e tento deixar claro para todo mundo que se estão me chamando é porque eu vou com a minha concepção visual e é isso que eu estou tentando fazer nesse filme. Não quero ir lá filmar alguma coisa do jeito que tem que ser filmando porque alguém me disse que tem que ser assim. Eu tenho uma visão, um ponto de vista muito formado sobre isso, sobre a questão estética. Não gosto de coisa igual aos outros. O que me deixa animado é poder explorar caminhos inusitados em um projeto como esse. ‘Solace’ é um filme paranormal, tem uma aura sobrenatural. É sobre um cara que tem poderes paranormais, então existe uma possibilidade muito grande para o uso de efeitos visuais nesse filme também.

Com essa participação em uma produção de fora do país, como você pensa o cinema como forma de uma identidade nacional? Ele perde essa característica ou é um reconhecimento de profissionais brasileiros da área?
O cinema brasileiro está muito legal. Ele tem formado pessoas muito bacanas. O cinema americano trabalha muito com diretores de fora, de todos os lugares. É um lugar aberto e você tem diretores sueco, dinamarquês, de tudo quanto é lado trabalhando. Eu acho que se a gente tem formado diretores bacanas, que sejam por essa indústria, eu acho bacana, um processo legal. Eu quero fazer filme onde tiver um projeto legal. Por acaso eu acabei entrando em um projeto que tem um formato meio hollywoodiano, de um estúdio grande. Mas eu me interesso muito pelo cinema inglês que é uma coisa com mais independência. Acho que a gente só ganha com isso. Eu tenho outro projeto para fazer aqui logo quando eu voltar e estou super animado para fazer isso, tenho também projetos que são coproduções Brasil-Estados Unidos. Acho que só cresce, só melhora para o Brasil essa relação dos diretores internacionais lá fora. Existe um interesse muito grande do cinema americano, não só dos diretores, de filmar projetos fora. Se o Brasil acertar os ponteiros em algumas coisas, ele pode ser um lugar aonde a gente vai trazer projetos grandes assim como Peter Jackson levou para a Nova Zelândia todo esse projeto do Senhor dos Anéis. Eu adoraria ter um formato parecido aqui no país. O Brasil é um país grande e é totalmente interessante isso pois a gente tem uma mão de obra bacana, os filmes são um pouco mais baratos, provavelmente, e se fizer esse intercâmbio com o cinema americano, eles tem à mão deles uma ferramenta de distribuição sem igual. Eles distribuem filmes no mundo todo, com capacidade, com dinheiro.

Como você decidiu entrar no mundo do cinema?
Foi muito natural, eu já gostava de fazer animação, gostava dessa coisa visual, gostava de filme. Eu sempre soube que eu queria fazer isso desde muito moleque. Com 17 anos eu já tinha minha produtora fazendo algumas coisas em Santos.

Como você vê o cinema na Baixada Santista? Festivais como o ‘Curta Santos’ ajudam na difusão do cinema local?
Eu acho que ajuda sim, mas efetivamente, como indústria, Santos precisa ter uma escola de cinema, precisava ter, de repente, uma política de incentivo que seja mais ou menos parecida com Paulínia. Se possível, fazer produções virem para Santos, isso é muito importante. Para mim isso é essencial, se quer desenvolver o cinema na região, começa a formar equipes, pessoas, talentos, equipe técnica. Tem uma proximidade grande com São Paulo e isso é bom, Santos tem espaço para isso, tem área. A gente tem agora o petróleo que de repente pode ser uma maneira de ter incentivo da Petrobrás voltado para essa área de cinema mais ou menos nos moldes de Paulínia: você leva produção para lá e eles te dão recursos. Se Santos tivesse uma iniciativa ou pelo menos um projeto nesse sentido seria muito legal.

 

Espaço de cinema

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Conheça a santista que dá voz ao Google

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Regina Bittar é responsável pelo áudio da ferramenta em português.
Locutora de comerciais de TV, ela diz estranhar ouvir sua voz no site.

A mulher que dá voz ao Google no Brasil tem 49 anos, é casada, mãe de dois filhos e moradora de São Paulo. Além de pronunciar as palavras em português, Regina Bittar é responsável, por tabela, pelas piadas e trotes feitos com a voz robótica do Google Translator na internet.

“Eu não acho estranho a minha voz estar em várias brincadeiras do YouTube porque aquilo é uma máquina. Para mim, é a voz do Google, não sou eu”, diz Regina, que diz que não pode dar muitos detalhes sobre como foi a gravação. “O que posso falar é que participei de uma seleção com uma fonoaudióloga e comecei as gravações no início de 2009”. O recurso de voz da ferramenta de tradução gratuita do Google foi lançado em português em maio de 2010.

Regina tomou conhecimento sobre as piadas há cerca de quatro meses, por meio de uma amiga também locutora. “Ela me disse: ‘Regina, olha o que estão fazendo com a sua voz’. Mas eu não levo para o lado pessoal. Eu acho que quem faz a brincadeira tem muito mais autoria do que eu”. Ela acredita que a curiosidade em torno da voz e os trotes serão passageiros. “O brasileiro faz piada de tudo. Amanhã já tem algo novo na internet”, diz. Entre os vídeos preferidos de Regina está a da menina que briga com a voz do Google, que a manda ir dormir. “O vídeo com o trote da pizza já teve mais de 1 milhão de acessos, é incrível”.Responsável pela locução de diversos comerciais de TV, Regina já está acostumada a ouvir a própria voz, mas no caso do Google Tradutor é diferente. “Na primeira vez que usei a ferramenta, eu ria sozinha. Apesar dos anos, ainda tomo sustos. Até hoje me impressiono com o que fiz”, conta. “Recentemente, eu comprei um iPhone e um amigo me disse: ‘você também está lá’”, diz a locutora sobre o aplicativo do Google para o smartphone da Apple.

Regina usa frequentemente o Google Tradutor. Além de fazer consultas em inglês, ela também usa o português para saber como se pronuncia as palavras. “Um dia fui gravar um institucional e tinha o termo ‘absenteísmo’. Por não saber como se falava, consultei a ‘voz do Google’ e deu certo”.

A curiosidade por saber quem está por trás da voz vem da época do rádio, segundo Regina. “Todo mundo imaginava como eram os locutores”. Ela conta que até hoje a profissão chama a atenção das pessoas. “Quando eu falo que trabalho com locução, muita gente me pede: ‘Ai, fala alguma coisa’”. O trabalho para o Google aumentou a curiosidade. “Fui em um casamento esses dias e a noiva distribuiu câmeras fotográficas para todo mundo. Pedi para os meus amigos fazerem pose e eles disseram: ‘Só se você pedir com a voz do Google’”.

Voz ‘robótica’
O Google Tradutor não foi o primeiro trabalho que Regina gravou para uma “máquina”. No início dos anos 2000, ela era a apresentadora da assistente virtual lançada pela Gradiente, a “Mediz”. A partir de um reconhecimento de voz, os usuários ligavam para o portal e tinham vários locutores de plantão que davam notícias sobre trânsito e tempo. “Essa foi uma experiência forte, era como se a máquina fosse uma pessoa. Teve uma moça que ligou desesperada porque o namorado estava apaixonado pela ‘Mediz’. Sempre existiu esse fetiche pela máquina”.

Para gravar o Google Tradutor, Regina usou uma voz pausada e linear, ou seja, sem emoção ou musicalidade. “Há diferenças de linguagem para cada veículo. O rádio, por exemplo, é áudio puro, sem imagens, por isso a interpretação é mais acentuada”, explica. Segundo Regina, a voz eletrônica não pode ser muito rápida nem coloquial, pois quem está ouvindo não irá prestar atenção. “A voz é a mesma, o que muda é o tom. Na minha opinião, o locutor é como o vinho, vai ficando cada vez melhor. Com o tempo, você aprende a usar o seu ‘instrumento’”.

Antes de começar sua carreira como locutora, Regina trabalhou na mídia impressa, no jornal “A Tribuna”, de Santos, cidade onde nasceu. Logo depois, ela começou a fazer uma revista de moda que circulava pela cidade. Certa vez, o diretor artístico da revista disse a Regina que ela tinha um timbre lindo e deveria ser locutora. “Ele, então, me convidou para fazer uma propaganda. Logo depois, quando a revista acabou, ele me convidou para apresentar uma rádio-revista. As pessoas começaram a gostar da minha voz. O rádio é maravilhoso porque você tem um retorno imediato dos ouvintes. E eu acabei me encantando”.

Depois de ir morar no exterior, Regina voltou para São Paulo e decidiu focar sua carreira como locutora. “Antes de começar no rádio, resolvi trabalhar em estúdio e tive a oportunidade de gravar com grandes locutores do Clube da Voz. Meu grande objetivo era ser locutora do grupo, que foi uma grande escola”. O Clube da Voz foi fundado em novembro de 1992 e reúne locutores que atuam em publicidade. Hoje, o grupo é formado por radialistas, jornalistas, publicitários, atores e dubladores.

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Fábio Yabu, o criador das “Princesas do Mar” é de Santos

“Eu sempre imaginei o mar como um mundo misterioso, quase como se fosse outro planeta dentro do nosso.” (Fábio Yabu)
Fabio Yabu é escritor de livros infantis, criador de desenhos animados e roteirista de histórias em quadrinhos .
Nasceu na cidade de Santos (São Paulo), em 1979, e atualmente mora na cidade de São Paulo.
Em 1998 criou a série em quadrinhos online Combo Rangers, publicada na Web. Em 2000, a série migrou para o portal Zip.net, que depois foi absorvido pelo UOL.

Combo Rangers

Combo Rangers

“Os Combo Rangers foram a minha “estréia” no mundo dos personagens infantis. Quando tinha 17 anos, resolvi criar uma história em quadrinhos para a Internet, mais por brincadeira mesmo, para me divertir. Mas os personagens começaram a fazer muito sucesso, viraram revista em quadrinhos e até brinquedos. Foi uma época legal na minha vida”.
Em 2000, os personagens viraram revistas em quadrinhos, sendo publicado uma mini-série, em 3 partes, pela editora JBC, intitulada Combo Rangers Evolution.
Entre 2001 e 2002, a JBC publicou edições mensais durando 13 exemplares.
Em 2003 a editora Panini também publicou a série, durando 10 exemplares.
Veja as revistas no site da loja do Mania de Gibi !

Princesas do Mar

A história das Princesas do Mar, como o prórpio nome já diz, passa-se no mar, num reino encantado chamado Mundo da Salacia, nele vivem varias princesas. Neste reino os moradores sabem que não podem meter-se com os habitantes de terra firme, pois caso isso aconteça poderão ter de enfrentar grandes batalhas. As Princesas do Mar têm um site oficial onde é possível saber tudo sobre a série animada, sobre todos os personagens, brincadeiras, livros, bem como sobre o seu autor, e muito mais.

Como surgiu a idéia das Princesas do Mar?

Tudo começou com a criação da Polvina. Tinha em mente a imagem de uma menina com um polvo na cabeça e achei que ela merecia uma história. Passei a pesquisar tudo o que já havia sido feito nesta temática. Percebi que existiam arquétipos muito fortes a serem explorados, como rei, rainha, princesa, peixes que falam, e resolvi modificar um pouco estas imagens a partir de referências reais. Os reis e rainhas, por exemplo, não se vestem de maneira pomposa, mas sim, com roupas utilizadas por pais e mães do mundo real, como terno e gravata e vestidos. As coroas também são estilizadas, de acordo com cada espécie representada. Também fugi da idéia do tubarão malvado, que sempre aparece em outras histórias de fundo do mar. Não é porque os tubarões comem polvos que a Polvina e a Tubarina não seriam amigas.
As pessoas sempre me perguntam o que tem de diferente no Mundo de Salácia. O que os salinos fazem, onde gostam de ir, o que gostam de comer.
Bem, você deve imaginar que viver no fundo do mar é bem diferente de viver em Terra Firme. As cores, os gostos, cheiros e sabores são diferentes. Também existe muita riqueza e abundância para todos. Lá ninguém passa fome ou frio como no nosso mundo.
O segredo de tanta fartura não está na riqueza, pois Terra Firme também é um lugar repleto de tesouros. Está na partilha. Todos gostam de partilhar o que têm, como diz a segunda Lei de Salácia: “Praticar o bem, a boa vontade e a generosidade”.
Ninguém têm em excesso. As famílias reais são os que devem dar o exemplo para salinos e animais. Por isso, eles têm uma tradição: no Natal, as famílias dão todos os presentes que foram ganhados no ano anterior para os outros.
Tem Papai Noel? Tem, sim! Aliás, Papai Noel é um dos poucos que conhecem o Mundo de Salácia. Ele vive no Pólo Norte. Os Pólos são os lugares intermediários entre o Mundo de Salácia e Terra Firme. Não são um, nem outro.
Já que estamos falando dos pólos, lá longe, lonjão, do outro lado do mundo, no Pólo Sul, existe um Castelo Real. É lá que fica o Reino dos Pinguins, governado por seu rei e sua rainha, que são os pais da pequena Isa.
A Isa? Ah, a Isa é uma graça. Adora abraçar e beijar suas amigas, é super-simpática, gosta de dividir as coisas e é pra lá de inteligente. Mas tem uma coisa que a Isa não queria dividir com ninguém… e o mais estranho, foi bem no Natal!

Personagens de “As Princesas do Mar”

A série de livros Princesas do Mar foi editada no Brasil pela Panda Books. A série conta com seis livros:
“Princesas do Mar” (2004),
“Princesas do Mar – Uma sombra na água” (2006),
“Princesas do Mar – As Cartas de Vento” (2007)
“Princesas do Mar – Balada da Princesa Esquecida” (2009).
“Princesas do Mar – O Desafio dos Tubarões” (2010)
“Princesas do Mar – O Monstro do Fundo do Mar” (2010)

Além desses existem outros 4 para crianças em fase de alfabetização:
“Princesas do Mar – Mistério na Escola do Mar” (2008),
“Princesas do Mar – O Peixe Lendário” (2008),
“Princesas do Mar – Tartarugas em perigo” (2009)
“Princesas do Mar – O Pequeno Herói” (2009).

Em setembro de 2007, Princesas do Mar virou desenho animado. “Levamos os livros a uma feira na França e uma produtora australiana se interessou”, diz Yabu. A história chegou primeiro às TVs da Austrália. Agora, Polvina e suas colegas estão em 47 países e falam inglês, espanhol, alemão, francês, italiano… No Brasil, estrearam em março de 2008 no canal de TV por assinatura Discovery Kids e TV Cultura no Brasil, na América Latina também na Discovery Kids, em Portugal na RTP, na França no Piwi, na Alemanha no Ki.Ka e em mais 49 países. Yabu também escreve resenhas para filmes no site Omelete e possui um blog desde 2003 onde comenta sua vida, séries de tv e filosofia sobre outros temas. Hoje o blog é a sede do BBBonequinhos, “reality show” que imita o BBB com uma pitada de sitcom e tem como personagens bonecos de Yabu. A série começou com um pedido dos fãs e virou sucesso, ganhando até um patrocinador. Também é dono do blog “Mude o Mundo” onde se dedica a relatar fatos sobre o aquecimento global.
A editora On Line publicou a revista em quadrinhos PRINCESA DO MAR, durando 10 exemplares, entre 2009 e 2010.

Mania de Gibi

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Eu vim de Santos: Nuno Leal Maia

Conhecido por sua atuação no cinema, na época da pornochanchada, o ator NUNO LEAL MAIA retorna ao vídeo, como um padeiro em “Amor Eterno Amor”, onde dará vida ao Ribamar. Nuno já acumula quase 25 trabalhos na TV, onde estreou em 1976, na novela “Estúpido Cupido”, ao interpretar o Acioli.

Seu papal mais marcante, no entanto, viria mais dez anos depois, em “Mandala”, onde foi o bicheiro Tony Carrado. O trabalho lhe garantiu uma indicação ao ‘Troféu Imprensa’ em 1988. Outro destaque está sendo revisto, atualmente, no Canal Viva: em “Top Model”, de 1989, foi o surfista Gaspar Kundera. Novamente, foi indicado ao prêmio criado por Plácido Manaia Nunes. Mas foi o Bertazzo de “Vereda Tropical”, de 1984, que lhe garantiu o prêmio da APCA.

Nuno Leal Maia esteve ainda em novelas como “Champagne”, “A Gata Comeu”, “Vamp”, “Pátria Minha”, “Suave Veneno”, “O Profeta” (‘remake’ de 2006), “Caras & Bocas” e a versão de 2010 de “Ti-Ti-Ti”, onde foi o Victor Valentim. Merece destaque ainda o Edgar de “História de Amor”, que ficou paralítico. Isso sem esquecer o professor Pasqualete de “Malhação”, nas temporadas de 1999-2000 e 2003-2005.

No cinema, foram quase 40 filmes; entre eles, ‘Cada um dá o que tem’, ‘O quarto da viúva’, ‘Paranoia’, ‘O escolhido de Iemanjá’, ‘O bom marido’, ‘A dama do lotação’, ‘Bem dotado, o homem de Itu’, ‘Mulher objeto’, ‘O rei do Rio’, ‘As feras’ e ‘Tainá 3′. Pouca gente sabe, mas o ator nascido em Santos (SP), em 17 de outubro de 1947, chegou a ser jogador de futebol e treinador, dirigindo equipes como Londrina (PR), São Cristóvão (RJ) e Botafogo (PB).

 

 

Guilherme Guidorizzi

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Eu vim de Santos….Lenny Niemeyer

A estilista Lenny Niemeyer completou 20 anos de marca com coleção e desfile comemorativo  realizado no Fashion Rio de verão 2012. Nascida em Santos, no litoral sul de São Paulo, ela conquistou o sucesso do Rio de Janeiro investindo em uma moda praia mais sofisticada, com estampas, modelagem, cores e acessórios que fugiam aos padrões da época (anos 1980) como as argolas de ossos de boi (que buscava em um açougue no Leblon).

Em entrevista, o ícone do segmento de beachwear faz uma retrospectiva de seu trabalho ao longos das últimas décadas. “Me sinto realizada”, ressalta.

Como foi o início do seu envolvimento com a moda praia?
Eu era arquiteta e trabalhava com decoração, nunca passou pela minha cabeça fazer moda, apesar de gostar. Foi quando eu me casei e mudei para o Rio de Janeiro. Não pude trazer meu trabalho para cá então comecei a fazer biquínis por hobby. Nos anos 1970/1980 as garotas usavam micro biquínis e eu era mais conservadora, sentia falta de peças maiores e resolvi desmontar um biquíni e criar uma nova modelagem para mim… Mas só de brincadeira, com argolas de osso que comprava em um açougue. Depois fiz outros e mandei para minhas amigas que, na hora, adoraram, e então comecei a fazer algumas peças. O primeiro biquíni que vendi foi na Fiorucci, lembro que na época estava em alta as cores fortes, então fiz eles em azulão, verde limão, pink…. Tinha a cara da Fiorucci! Fui na cara de pau apresentá-los e consegui minha primeira grande venda com cerca de 300 peças. Eles não eram tão pequenos e isso agradou.

E, quando você decidiu montar sua marca própria?

Durante dez anos eu fabricava para outras marcas, não achava que eu tinha um estilo próprio. Com a mudança de governo [período Collor e abertura das importações] parei de vender e fiquei com muito estoque. Foi então que decidi abrir uma loja no Forum de Ipanema.

Como eram os biquínis há 20 anos?
Eram de lycra lisa, mas não tinham tanta tecnologia quanto hoje. Eram bem cavados, o contrário do que eu fazia, e bem coloridos.

Você é santista e conseguiu incorpor esse espírito carioca nas suas criações. O que você fez?
Eu nasci em uma cidade com praia, então mudar para o Rio de Janeiro foi como voltar às minhas raízes. Eu queria ser carioca e tentava agir como uma. Mas, no começo, eu ia à praia e sempre perguntavam da onde eu era. Hoje eu vejo que meu figurino não era mesmo parecido com as cariocas. Eu criava as roupas para as desavisadas, as paulistanas como eu. Fazia saídas de raia, chemisier, que é uma peça que faço até hoje e virou uma marca minha. E assim foi.

O que mudou da moda praia do inicio da sua carreira até agora?
Como o mercado vê a moda praia é o que realmente mudou. Antigamente quem fazia beachwear não era considerado estilista, não estava presente nos grandes eventos de moda. Com o tempo acabou a ideia de ter um micro biquíni para tomar sol. O segmento saiu da praia e da areia e foi para o esporte e para as ruas, com saídas de praia, peças maiores… Quando convidaram os estilistas para eventos é que tivemos uma visibilidade maior, principalmente internacional e o mundo pode ver estilo brasileiro.

Quando você ingressou no mercado internacional?
Foi bem no começo. Vendi um biquíni fio dental para a Polônia e tinha ficado muito contente por isso, mesmo achando estranho a modelagem. Depois fui pesquisar para onde foi e descobri que o comprador era dono de um clube erótico! [Risos].

Como você vê a evolução da moda praia brasileira no cenário mundial?
Teve um tempo em que o preço dos nossos biquínis eram muito bons e junto com o estilo brasileiro conseguimos aparecer e  conquistar o mercado internacional. Com o mercado chinês chegando, entretanto, a concorrência é muito maior. Mas é muito importante a exportação, apesar de difícil, principalmente para a Europa, local de maior visibilidade. Cerca de 20% da minha produção é voltada para fora.

Você se sente realizada profissionalmente hoje?
Me sinto realizada e espero manter a qualidade, criatividade e exclusividade nos próximos anos.

O que você planeja realizar nas próximas duas décadas?
Demorei 20 anos para construir uma marca de moda praia, talvez demore mais 20 para fazer uma de casa! Tenho vontade de voltar ao começo e lançar uma beachhome, com móveis, objetos de decoração, mas falta tempo.

Fonte: Chic, Veja Rio

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