Obra pública de Tomie Ohtake é restaurada em Santos

Por: Casa Cláudia

Com 15 metros de altura, a escultura em aço foi recuperada após parceria do Instituto Tomie Ohtake e a AzkoNobel

O monumento em homenagem à imigração japonesa, inaugurado pela artista Tomie Ohtake em 2008, passou por uma restauração completa. A obra está localizada no Parque Municipal Roberto Mário Santini, em Santos, no litoral de São Paulo.

Com 15 metros de altura, a escultura tornou-se um marco referencial para a cidade. O local de exibição foi escolhido pela própria artista e a obra é visível desde a Ponta da Praia até São Vicente.

A revitalização é fruto de uma parceria entre o Instituto Tomie Ohtake e AkzoNobel com apoio da Prefeitura de Santos. A escultura feita em aço foi limpa, lixada, retocada e pintada. Os trabalhos duraram cerca de um mês e a obra já foi entregue aos cidadãos.

Tomie Ohtake foi convidada pela Prefeitura de Santos para criar um marco, uma escultura, cujo projeto original foi executado em Cubatão. A forma concebida pela artista, como em outras de suas obras, aparenta ser leve, mas requer que a sua parte inferior sustente todo o peso, nesse caso, de aproximadamente 60 toneladas. A obra contou com a colaboração dos arquitetos Jorge Utsunomiya e Vera Fujisaki.

“A arte da Tomie dialoga com espaços abertos, daí ter sito tão requisitada para a realização de obras públicas. Essa integração ao ambiente, na busca por tornar espaços mais humanos e inspiradores, que dialoguem com as pessoas, é o que nossas cidades precisam. Esse projeto vai ao encontro dessa necessidade”, comenta o arquiteto Ricardo Ohtake, presidente do Instituto Tomie Ohtake.

A restauração dessa escultura faz parte de um projeto de revitalização de cinco obras da artista plástica em São Paulo, Santo André, Santos e Guarulhos. “Essa iniciativa visa levar aos cidadãos a visão original da autora, com suas obras de cores energizantes e formas que abrem a imaginação”, afirma Jelena Arsic, diretora da AkzoNobel Coatings para a América do Sul. Já foram entregues obras revitalizadas na Avenida 23 de Maio (SP) e no Paço Municipal de Santo André.

A cidade de Santos no site argentino ”Lugares de Viaje”

”Una visita rápida a Santos (BR) en invierno”

por: Rodolfo Fey

lugares de viaje

Una visita rápida a una ciudad con el puerto más grande de Sudamérica y que se jacta de tener el jardín de playa más grande del mundo.

No se porque, pero cada ciudad de Brasil si bien son únicas, me parecen maravillosas.
Santos no es la excepción a esta regla. Un invierno benevolente permite disfrutar de esta ciudad.
Es una gran isla donde viven unas 420.000 personas, es también el puerto más grande de Sudamérica y se jacta de tener el jardín de playa más grande del mundo.

Que se puede visitar cuando disponemos de tan solo un día?

El  Orquidiario, el Acuario y el Centro histórico de la Ciudad.

El orquidiario es un zoo-botánico en donde se representa la flora y fauna costera de Brasil.
El acuario municipal, es tal vez lo mas impactante si uno va principalmente con chicos, caracteriza por la diversidad y el impactante es que de agua salado con los tiburones de arena.
El Centro histórico nos sorprende con la posibilidad de  un paseo en un viejo tranvía llamado “Bonde”, que tiene un recorrido de unos 40 minutos a lo largo de los puntos iconos referenciales de la ciudad,  Es así que el recorrido comprende el edificio emblemático de  la Bolsa de Café, la Catedral de Santos, la casa del frente de cerámicos portugueses, la vieja estación de ferrocarril, el monte Serrat y mucho, mucho más.

Es conveniente realizar primero el  trayecto en el “Bonde” y luego repetirlo a pie.
Si uno quiere disfrutar de un verdadero café “Do Brasil”, el sitio recomendado es la cafetería de la Bolsa Oficial de Café, vale la pena tomarse una media hora y recorrer el museo del café que es allí mismo.

Por ultimo y en la medida que nos permite el tiempo, apreciar las casas antiguas, entre la que se puede ver “la casa azulejada”,  el Santuario de Antonio de Valongo,  o la Catedral de Santos con su estilo Gótico.

Quedaron muchas cosas pendientes de realizar, como el  ” Paseo de Encuna” que es la navegación de la bahía y por supuesto poder llegar a la cercana Guaruya para disfrutar un día de playa, aún en este caso en invierno.

Tips de viaje:

La oficina de turismo dispone de un Nr telefónico 0800-173887 que brinda información de de 8 a 20 Hs., también los puestos de información con personal bilingüe, dispuestos a ayudar al turista con la amabilidad y hospitalidad que caracteriza a esta gente.
Santos tiene un clima muy cambiante, en poco tiempo puede generarse una lluvia.
Este viaje se realizo a fin del mes de mayo.

Programa ‘Bem-vindo a Bordo’ na VTV SBT

bem vindo

Acreditando que todo mundo tem uma boa história pra contar, o Bem-vindo a Bordo visita o Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini – Concais, e conversa com passageiros e tripulantes sobre viagens em navios.

Conhece um pouco sobre a vida de quem tanto gosta das férias em alto-mar, e de quebra, mostra curiosidades sobre os navios e o Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini – Concais, o maior e mais moderno do país.

Apresentado por Laysa Carvalho, a primeira temporada do Bem-Vindo a Bordo, idealizado pela VTV, vai ao ar até o fim de março, aos sábados às 19h20, na VTV SBT.

Todos os programas estão disponíveis na página do programa no facebook:  Bem-vindo a Bordo

 

Atualização 2014: Bem-vindo a Bordo 2ª temporada com Juliana Goes!

 

SBT realiza em Santos sonho de criança em conhecer mar e Aquário

celso_construindo

Foi só olhar aquele mar para ter certeza: “Esse é o maior presente da minha vida”, disparou Douglas Galvão, cinco anos, que nesta sexta-feira (15) esteve na cidade para conhecer o mar e o Aquário. Cego de um olho e portador de atrofias dos tendões, o menino e os pais, moradores em Capivari (SP), foram selecionados pelo programa Domingo Legal, do SBT, para o quadro ‘Construindo um sonho’.

E teve surpresa extra: o garoto pôde sentir o prazer de um banho de mar graças à cadeira de rodas anfíbia, serviço oferecido pela Prefeitura, em parceria com o governo estadual. O medo logo deu lugar à alegria, traduzida no bater das mãos sobre a água, molhando os pais, Antonio e Carolina. A emoção continuou com um passeio de lancha e terminou no Aquário, onde o biólogo Alex Ribeiro explicou curiosidades de várias espécies.

O menino nasceu aos seis meses de gestação e apresentou vários problemas. Os médicos, à época, disseram que ele não sobreviveria. Mas não foi o que aconteceu e a cada dia Douglas vem evoluindo. O ‘Construindo um sonho’ vai garantir uma casa para a família, que hoje mora de aluguel.

praia

Santos é destaque do Caderno de Turismo do Correio Popular

turismo

A diversidade dos atrativos locais, que vão de passeios de bonde até intensa atividade cultural, passando por equipamentos que mostram fauna e flora brasileiras, passeios gratuitos de bicicleta e, claro, os sete quilômetros de praias, foram destaque do Caderno de Turismo (CT) do Jornal Correio Popular, de Campinas (SP), no último dia 16. O diário, fundado em 1927 e o de maior circulação naquela região, tem tiragem de 45 mil exemplares, chegando a 66 mil aos domingos, quando circula o CT.

A foto de capa mostra a orla, do Boqueirão à Ponta da Praia, e a página dedicada a Santos ressalta, de início, as facilidades do Rodoanel Mário Covas para chegar a Santos. A matéria, de autoria da jornalista Karina Fusco, mostra a cidade com atrações para “todas as tribos: famílias com crianças, jovens, integrantes da melhor idade, esportistas, baladeiros, ou todos juntos e misturados”. Cita também a existência dos novos quiosques, da boa rede hoteleira e da extensa malha cicloviária, que tem na orla seu trecho mais movimentado, tanto por santistas como turistas.

O texto ainda destaca atrações como o Aquário, Orquidário, Museu do Café e o Complexo Turístico do Monte Serrat, lembrando o fato de Santos ser a capital dos cruzeiros marítimos do país. O porto recebeu, na última temporada (2011-2012), cerca de 1,2 milhão de passageiros, entre embarque, desembarque e trânsito.

A existência das três linhas Conheça Santos mereceu citação especial. O city tour percorre cerca de 40 locais e destina-se a quem tem pouco tempo para conhecer a cidade.

Revista destaca vocação esportiva de Santos

Com a matéria ‘Uma cidade esportiva’, distribuída em cinco páginas, a Revista Centauro Sports Magazine destaca, em sua 22ª edição, a vocação de Santos nesta área. A ciclovia, com 30 quilômetros de extensão, é considerada exemplo para o país.

Ao lado do maior jardim de orla marítima do mundo – segundo o Guinness Book (livro dos recordes) – menciona as modalidades praticadas na faixa de areia, como futebol, vôlei e tamboréu, esporte genuinamente santista, além de competições.

A matéria destaca ainda a Escola Radical de Surf, criada pela prefeitura no Posto 2, que em junho completou 20 anos. Faz referência também ao Santos FC, citando seus craques, como Pelé e Neymar, Memorial das Conquistas e construção do Museu Pelé no Valongo.

Leia a revista.

Enhanced by Zemanta

Santos investe em polo turístico

Região do centro histórico já recebeu R$ 194 milhões de investimentos, entre 2003 e 2011.

As crianças e os adolescentes que antigamente passavam as férias escolares em Santos guardam saudosa memória da cidade. Lembranças infantis onde reinam o jardim, as praias, o Aquário e o Orquidário, entre outras. Adultos, muitos continuam retornando com filhos e netos, ou se mudando definitivamente para o litoral. Os ausentes, contudo, desconhecem as novidades incorporadas a essas atrações santistas. E ignoram que aqueles bondinhos que circulavam pela praia ganharam status especial na Linha Turística de Bonde do novo polo turístico: o Centro Histórico.

Seu 12º aniversário – celebrado a partir da data em que, no ano 2000, foi instituído o Dia do Centro Histórico, pela lei 1.891 – aconteceu em 16 de agosto. Desde aí, o local está sendo marcado por mudanças de cenário arquitetônico, retorno de empresários, aquecimento do comércio e do turismo. Formado pelos bairros do Valongo, Vila Nova, Paquetá, Vila Mathias e o Bairro Chinês – criado em 2011 como o 69º de Santos.

Espinha dorsal

É no Valongo, conhecido por reunir a antiga Estação Ferroviária e o Santuário Santo Antônio do Valongo, que está concentrado o maior volume de novos investimentos. Numa área de 25 mil m², do Largo Marquês de Monte Alegre, está sendo erguida a sede da Unidade de Exploração e Produção de Gás e Petróleo da Bacia de Santos, da Petrobras.

Em fase mais adiantada está a construção do Museu Pelé, projeto da prefeitura que abrigará objetos pessoais, fotos, filmes e troféus do Atleta do Século. Considerado promessa de fortalecimento do turismo internacional, está sendo erguido em edificação de 1865, antiga sede da Câmara e prefeitura.

A atração mais recente fica em frente, na Estação do Valongo, sede da Secretaria Municipal de Turismo: o Estação Bistrô, primeiro restaurante-escola do litoral. Fruto de convênio da prefeitura com a Sociedade Visconde de São Leopoldo e a UniSantos.

Próximo dali será implantado o ‘Porto Valongo Santos’, que prevê a revitalização da área dos armazéns 1 ao 8, transformando-a em complexo turístico, náutico, cultural e empresarial.

Bem pertinho surgirá o primeiro Complexo Comercial e Hoteleiro do Valongo, com duas torres de 21 pavimentos. No Centro, com previsão de receber cerca de 5.000 pessoas por dia, o Tribuna Square abrigará estúdios, redação e os veículos de locomoção da TV Tribuna.

 

Diário de Marília

 

 

Revista de arquitetura destaca projeto ‘`Porto Valongo Santos’

‘O urbanismo na nova onda santista’ é o título da matéria da revista Projeto Design, edição de junho, segundo a qual Santos vive pleno desenvolvimento urbano com a revitalização portuária. Referência na área de arquitetura, design e interiores comerciais, a publicação da Arco Editorial destaca em duas páginas o projeto da prefeitura ‘Porto Valongo Santos’, que transformará a área dos armazéns 1 a 8 do cais em complexo turístico, náutico, cultural e empresarial.

A reportagem menciona ainda os estudos de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental desenvolvidos pela empresa Ove Arup & Partners, contratada por meio de licitação internacional, apresentados pela prefeitura no final de abril. Terminal de cruzeiros, marina, centro de negócios, escritórios, hotéis, bares, restaurantes, galerias de arte, museu e espaços para feiras e eventos são citados no texto.

O texto aponta a futura instalação do Instituto Oceanográfico da USP no armazém 8, cedido pela Codesp, e o Complexo Comercial e Hoteleiro do Valongo, a ser implantado pela Odebrecht em terreno na confluência das ruas Marquês de Herval e Cristiano Otoni, próximo à futura sede da Petrobras.

Ao colocar que Santos seguirá o modelo de revitalização de áreas portuárias do Canadá, Cingapura, Japão, China, Espanha e Estados Unidos, a reportagem revela que a cidade “deverá colher no futuro os bônus da exploração do petróleo da camada do pré-sal” e que “novos empreendimentos imobiliários e a instalação de equipamentos culturais prometem incrementar as opções de moradia, negócios e lazer”.

Baixada ganha uma nova Santos até 2020

A maior expansão econômica da Baixada Santista em 50 anos vai atrair 400 mil pessoas para a região até 2020. Isso equivale ao surgimento de uma nova cidade de Santos num prazo de oito anos.

Com 1,6 milhão de habitantes, a região metropolitana da Baixada, que congrega nove municípios e onde está situada parte da maior porção contínua de mata atlântica preservada do país, vive uma febre de investimentos.

As estimativas do poder público apontam a cifra de R$ 22 bilhões, já radiografados. Grande parte desse dinheiro será aplicada no porto de Santos, o maior complexo portuário do país.

Nessa conta, entretanto, também estão os primeiros empreendimentos da Petrobras na região. Santos será o quartel-general do pré-sal e a chegada forte da estatal desencadeou uma corrida imobiliária sem precedentes.

Corrida que fez triplicar o valor dos terrenos e duplicar o valor do metro quadrado construído em áreas nobres.

Em Santos, 77 edifícios foram construídos entre 2005 e 2011 e outros 134 projetos estão em obras; a prefeitura avalia se libera outros 77.

No porto, local em que o plano é mais do que duplicar a capacidade para trânsito de carga até 2024, dois grandes terminais de contêineres estão em construção. São projetos que devem manter Santos como a principal porta de entrada e saída num raio de cerca de 1.000 quilômetros.

DESAFIO

Espremida entre o mar e o paredão da serra, a Baixada Santista tem imensos desafios. Os novos investimentos vão encontrar uma região com problemas ambientais e sociais. Hospitais, escolas e força policial hoje não são suficientes para atender a demanda prevista; já há deficit de moradias, e o transporte público regional é precário.

A prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), diz que há plano de regularização fundiária e assentamento das famílias.

Folha de São Paulo

Enhanced by Zemanta

Santos volta aos dias de glória

Sim, Santos voltou a seus dias de glória. Mas não estamos falando do Santos de Neymar, Arouca e Ganso, que acaba de se sagrar tricampeão do Campeonato Paulista. Um século depois de seus tempos áureos, quando seu porto faturava alto com a exportação do café, a cidade tem um novo ouro negro: o petróleo do pré-sal, que já atrai recursos para o município, movimenta o mercado imobiliário e, por consequência, o turismo, a noite e a diversão. Dados do Ibope mostram que Santos se tornou, no ano passado, a cidade com o maior índice de verticalização do país, 63% – a taxa era de 54% apenas dois anos antes. Estima-se que o valor do metro quadrado tenha subido aproximadamente 90% nos últimos cinco anos. A Petrobras está construindo três torres de escritórios em uma área de 25 mil metros quadrados na região do Valongo, na entrada da cidade. A primeira delas deverá ser ocupada por 2 200 funcionários. A obra é a espinha dorsal do complexo turístico, náutico e empresarial do bairro, onde também está sendo erguido o Museu Pelé e que já conta com a antiga estação ferroviária e com o Santuário Santo Antônio.

Santos está se preparando para receber mais gente. Prova disso são os hotéis inaugurados no fim do ano passado: no Boqueirão, a dupla Ibis e Mercure, da rede Accor; no Gonzaga, o Atlântico Golden, versão sofisticada do grupo do Hotel Atlântico – vizinho a este, o Golden era um prédio residencial que foi reformado. Em 2014, há mais dois lançamentos previstos. Na mesma marola, projetos de urbanismo que estavam engavetados vão saindo do papel. Caso da Avenida Perimetral, que foi concluída em 2011 e circunda os enormes terminais portuários.

O Centro Histórico também passa por uma revitalização. O pedaço, que está recebendo nova iluminação, tem como destaque a boêmia Rua XV de Novembro. Ali a novidade é a troca do calçamento, que estava esburacado e desnivelado. Ao fim do trabalho, talvez ainda em junho, ficará com o jeito das calçadas da Avenida Paulista, em São Paulo.

Na região, a famosa Bolsa do Café, edifício construído em 1922 para os pregões cafeeiros, passou a abrir seu museu também à noite, quando é possível ver com maior dramaticidade os murais do pintor Benedito Calixto. Outro upgrade é no número de bondes que percorrem as ruas da região, de três para cinco. O trajeto é apreciado por 10 mil passageiros ao mês. Quem gosta de bonde também deve curtir o funicular, que vai do Centro ao mirante do Monte Serrat, evitando a canseira dos 415 degraus.

É na noite e na gastronomia que os ventos das mudanças sopram com maior vigor. Bares clássicos, como o alemão Heinz, no Boqueirão, seguem lotados, mas dois novatos entraram na briga. O Bodegaia, na XV, tem porções servidas na telha (o escondidinho de carne-seca sai a R$ 52); e o Australiano, no Embaré, um inusitado pub à beira-mar, tem brejas de todos os cantos (o pint de Guinness custa R$ 17).

Quando se fala em comida, os tradicionais pratos de pescados da orla vão perdendo espaço para combinações mais sofisticadas. Novidade na paisagem, o Guaiaó, no Boqueirão, serve, por exemplo, polvo braseado com tarê (tipo de molho agridoce de caju, R$ 53). Ali perto, a Enoteca Decanter vai além do papel de empório: faz bacalhau à lagareira. Para um jantar romântico, prefira o italiano Da Sorata, no Gonzaga, especializado no ravióli com queijo mascarpone, cogumelos e lagostim (R$ 48).

Em uma cidade repleta de universitários e com o maior porcentual de mulheres do Brasil (54,25%, segundo o IBGE), a noite não deixaria de ser sacudida. O Moby Club, no Gonzaga, assim como a Bikkini Barista, na XV, seguem firmes, mas boas casas surgiram no Centro há menos de um ano: o Antonina Bar, que aposta em samba, pop rock e sertanejo, e a eclética Naypp, com teto retrátil. Na Praia do José Menino, a velha Santos vai bem, obrigado. Explore o Parque do Emissário Submarino, que reúne ciclovia, playground, pistas de skate e corrida e o museu do surfe. Lá você pode aprender as manhas das ondas na escola de Picuruta Salazar, surfista que acumula 160 troféus desde 1972. Ainda no José Menino, a grande notícia deste mês é a reinauguração do orquidário, ampliado em 10% de sua área. “Foi criada a trilha do mel, que passa por seis colmeias de abelhas que não picam, e há agora mais 3 mil orquídeas”, conta marcelo Fachada, secretário de Turismo de Santos.

Ao longo dos 7 quilômetros de orla, não se veem águas no tom verde-Maragogi, mas o jardim que contorna a praia é considerado pelo Guinness Book o maior de orla do mundo. Com 2 mil árvores e 100 espécies de flores, ele encampa o aquário, na Ponta da Praia, que está sendo reformado, além de 7 dos 30 quilômetros de ciclovias de Santos, que é bem plana, mas só tem duas locadoras de bicicletas: Beach Bike e Bike Brall, ambas no Embaré. Não íamos falar de futebol, mas, que diabos, o Santos celebra neste ano seu centenário e, com isso, modernizou seu memorial, na Vila Belmiro (que não tem a ver com o do Pelé, no Valongo). Entre as novidades, Neymar, o maior artilheiro do time desde os tempos de Pelé, ganhou espaço próprio.

Vem por aí:

• O Museu Pelé, que deve ser inaugurado em dezembro, terá grande acervo de fotos, filmes, troféus, documentos e objetos pessoais, além de uma escultura do Rei feita por Oscar Niemeyer.

• O trem turístico que promovia um passeio pela Serra do Mar entre Santos e São Paulo também promete ser, finalmente, reativado. Mas a previsão é que isso ocorra somente em 2014.

• Em 2016 haverá um túnel para ligar, por baixo d’água, o bairro do Macuco a Vicente de Carvalho, no Guarujá.

 

Santos (DDD 13)

FICAR

Boas-novas são o confortável Atlântico Golden (Rua Jorge Tibiriçá, 40, Gonzaga, atlanticogolden.com.br; diárias desde R$ 281; Cc: A, D, M, V) e, no Boqueirão, a dupla Ibis (Avenida Vicente de Carvalho, 50, 2127-1660; diárias desde R$ 179; Cc: A, D, M, V) Mercure (Avenida Washington Luís, 565,mercure.com; diárias desde R$ 240; Cc: A, D, M, V).

COMER

No Boqueirão, próximo aos hotéis Accor, um trio faz a diferença: famoso pelo chope, o Heinz (Rua Lincoln Feliciano, 118, 3286-1875; Cc: A, D, M, V) tem comida alemã; a Enoteca Decanter (Rua Mato Grosso, 290, 2104-7555; Cc: A, D, M, V) faz o papel de restaurante, empório e bar; e o Guaiaó (Rua Dom Lara, 65,guaiao.com.br; Cc: A, D, M, V) conta com um requintado cardápio do mar. No Centro, o Bodegaia (Rua XV de Novembro, 26, 3219-2024; Cc: A, D, M, V) serve porções na telha. Para um programa a dois, invista no italiano Da Sorata (Rua Luís de Faria, 116, Gonzaga, 3288-3309; Cc: A, D, M, V). Já o Australiano(Avenida Bartolomeu de Gusmão, 23, Embaré, 3345-6318; Cc: A, D, M, V) é um pub com cervejas do mundo todo.

PASSEAR

Não perca o estilo colonial barroco do Santuário Santo Antônio (Largo Marquês de Monte Alegre, 13, Valongo). No Centro, visite o lendário prédio da Bolsa do Café (Rua XV de Novembro, 95, 3219-5585; 3ª/sáb 9h/16h15, dom 10h/16h15; R$ 5), que abriga o museu, e passeie de bonde (Praça Mauá; 3ª/dom 11h/17h; R$ 5) ou de bondinho funicular (Praça Correia de Melo, 33, 3221-5665; R$ 21). De lá, vá àPraia do José Menino, onde estão o Parque do Emissário Submarino (Avenida Presidente Wilson) e oMuseu do Surfe. O complexo é vizinho ao novo Orquidário (Praça Washington, 3237-6970; 3ª/dom 8h/18h; preço não divulgado antes da reabertura, agora em junho). No Embaré estão as duas locadoras de bikes de Santos, que não são da prefeitura: a Bike Brall (Rua Oswaldo Cochrane, 30, 3271-4152) e aBeach Bike (Avenida Bartolomeu de Gusmão, 51, 3272-1608). Na mesma via, só que na Ponta da Praia, está o Aquário (3236-9996; 3ª/6ª 9h/18h, sáb/dom 9h/20h; R$ 5). A atração, que tem até tanque exclusivo para tubarões-lixa, costuma lotar quando chove. Curte futebol? Faça uma visita monitorada ao Memorial de Conquistas do Santos e pise no gramado da Vila Belmiro (Rua Princesa Isabel, 77, 3225-7989; 3ª/dom 9h/18h; R$ 10).

AGITAR

O Centro está mais agitado com a Naypp (Rua São Francisco, 19, 3221-4590; Cc: V) e o Antonina Bar(Rua XV de Novembro, 49, 3219-4585; Cc: D, M, V), sem falar na Bikkini Barista (Rua XV de Novembro, 94/96, 3219-3116; Cc: A, D, M, V). O Moby Club (Avenida Vicente de Carvalho, 30, Gonzaga,moby.com.br; Cc: D, M, V) tem tecno, pop, rock e reggae.

 

Revista Viagem e Turismo


Enhanced by Zemanta

Angélica e Ney Latorraca visitam a cidade de Santos

Programa Estrelas da Rede Globo, 26 de maio de 2012.

Clique na imagem para ver o vídeo

.

Cidade de Santos no programa Antena Paulista

Ex jogador Pepe é o guia do programa Antena Paulista na cidade de Santos.

Clique na imagem para ver o vídeo.

Santos a cidade mais verticalizada de São Paulo

Mais tempo para “desestressar” em Santos

A cidade de Santos aparece em matéria do Jornal Agora MS da cidade de Dourados – Mato Grosso do Sul.

Veja a matéria:

O turismo “bate-volta” está desaparecendo em Santos. A porcentagem de visitantes que passam apenas um dia na cidade caiu de 9,6% para 4,1%, sendo substituído por pessoas com maior poder aquisitivo, que optam por permanecer por períodos mais prolongados no município. Estas foram algumas das conclusões a que chegou a pesquisa do Ipat (Instituto de Pesquisas A Tribuna), realizada durante o Carnaval com 400 visitantes em diferentes pontos turísticos e tipos de acomodação, inclusive navios. O levantamento é desenvolvido pelo órgão desde 2009, e foi apresentado nesta sexta-feira (29/03) à Setur (Secretaria de Turismo), pelo coordenador da instituição, Alcindo Gonçalves. Segundo a secretária de Turismo, Wânia Seixas, “Santos passou da condição de cidade balneária a objeto de desejo”.

Para 44% dos entrevistados, o município não apresentou nada que lhes desagradasse e 96,2% recomendariam Santos aos amigos. Em apenas um ano, aumentou de 72,5% para 77,6% a estimativa de gasto/dia dos turistas, na faixa de R$ 150,00 a R$ 350,00, e de 10,8% para 13,3% entre R$ 351,00 a R$ 500,00.

Origem e preferências

Como já era esperado, a maioria dos visitantes provém de São Paulo: 79,8% do estado e 31,7% da capital. Em seguida vêm Santa Catarina (4,2%), posição que no ano passado era de Minas Gerais; e os municípios de Campinas e Santo André (SP), ambos com 4%.

Já 38% dos pesquisados ficaram hospedados em hotéis, enquanto 42,1% estiveram na casa de parentes e amigos – isso aconteceu por que 25% deles deixou para fazer reservas em cima da hora e, índice igual, porque havia poucas vagas disponíveis para a acomodação necessária.

A pesquisa do Ipat também identificou aumento de 10,5% para 17,5% no número de turistas que passaram a semana do Carnaval na cidade e um decréscimo de 84% para 72,7% dos que estiveram apenas durante o reinado de Momo. A maioria (72,5%) chegou em carro particular, 11,2% de ônibus e 4,1% de navio, índice este que, no ano passado, foi de apenas 0,5%.

Depois da orla (praias), os locais mais procurados foram o Aquário e o Centro Histórico (linha turística do bonde e Museu do Café), seguidos pelo Santos Futebol Clube.

 

Sugue o link: Jornal Agora MS 

Brevíssima História das Gentes de Santos

Nasce um descendente do fundador da Vila de Santos. Em enredo ficcional mesclado ao documentário, acompanhamos a trajetória das gerações da cidade.

Direção: André Klotzel

Tipo: Ficção / Documentário

Formato: 35mm

Ano Produção: 1996

Origem: Brasil (SP)

Cor / PB: cor

Duração: 14 min.

Prêmios:

Melhor Curta – Rio Cine 1996
Prêmio da Crítica – Rio Cine 1996
Prêmio Júri Popular – Rio Cine 1996
Prêmio Globosat – Festival Internacional de Curta-Metragens de São Paulo 1996
Melhor Roteiro – Jornada da Bahia 1996
Melhor Roteiro – Festival de Recife 1997
Melhor Roteiro – Cine Ceará 1997
Melhor Ator – Cine Ceará 1997

Elenco: Ney Latorraca

Roteiro: José Roberto Torero

Fotografia: Adrian Cooper

Som: Romeu Quinto

Edição de Som: Ana Chiarini

Música: Mário Manga

Montagem: André Klotzel

Produção: Marçal Souza

Produtora: Cinematográfica Superfilmes

Clique na imagem para assistir ao filme

Enhanced by Zemanta

Santos é bem mais do que apenas um local de embarque

Nos momentos de pico, quando no porto de Santos, a 72 km de São Paulo, embarcam e desembarcam até 22 mil passageiros em até seis transatlânticos, ficar esperto é preciso.

Quem desce a serra do Mar num ônibus fretado deve comprar antecipadamente a condução de volta, a ser usada ao fim do cruzeiro, para subir o sistema Anchieta-Imigrantes. No desembarque, a confusão reina e, sem o bilhete pré-adquirido, há burocracia para conseguir condução rumo à capital paulista.

Junto ao cais, as filas do táxi costumam ser enormes na área do terminal Giusfredo Santini, quando, de uma só vez, aportam os transatlânticos gigantescos.

Mas, além de local de embarque e desembarque, o megaporto de Santos é uma cidade vibrante, com bons shoppings, repleta de museus e passeios históricos.

Quem tiver tempo, vindo do interior e chegando de véspera a Santos, por exemplo, pode aproveitar para caminhar pelos 5,3 km de orla ajardinada que tem início na Ponta da Praia, que fica próxima ao canal 7. Para descobrir os detalhes, convém navegar pelo site www.santos.sp.gov.br.

Vista da praia de Santos diante da praça das Bandeiras ao anoitecer
Vista da praia de Santos diante da praça das Bandeiras ao anoitecer

Desde logo, perto do cais do porto, o passeio típico inclui a visita da Bolsa e do Museu do Café, na rua 15 de Novembro, 95. Até a Ponta da Praia, o melhor é pegar um táxi, pois o trânsito até lá é pesado e as calçadas são precárias.

Chegando à avenida costeira, uma visita interessante é o Museu da Pesca, instalado num prédio de 1908, na rua Bartolomeu de Gusmão, 192. O mesmo local já foi uma fortaleza que, desde 1753, defendeu a cidade e o porto.

Esse museu exibe uma ossada de baleia de 23 m e 7 toneladas, tem um móvel antigo onde há amostras de areia de cada uma das praias do Brasil e exibe tubarões e lulas gigantescas que foram empalhados.

Também na rua Bartolomeu de Gusmão, à beira-mar, o Aquário Municipal foi restaurado e faz a alegria das crianças.

VISTA SANTISTA
Entre as excursões normalmente oferecidas a bordo, o monte Serrat, uma montanha ao fundo da cidade que é servida por escadaria e por bondinho tipo plano inclinado é, desde 1909, objeto de peregrinação turística e religiosa.

O acesso para subir e avistar, nos dias claros, toda a Baixada Santista é feito pela praça Correia de Melo, 33.

Outras atrações para quem vê em Santos uma parada turística (e não apenas como local de embarque) são os restaurantes populares para comer peixe. Mas fique atento, chegar cedo e não perder o horário de embarque é fundamental.

 

Folha de São Paulo

Enhanced by Zemanta

Duas novas atrações: tubarões-lixa já podem ser vistos

Créditos: Divulgação

O Aquário recebeu mais dois novos moradores: fêmeas de tubarão-lixa já estão em exposição. Os animais medem 1,30m e 1,80m, respectivamente, mas podem chegar a 3,50m. Doados pelo Aquário de Natal (RN), eles chegaram no último dia 22.
A Tribuna
Enhanced by Zemanta

Boom imobiliário em Santos valoriza até prédio torto na praia

A constante valorização de apartamentos não se restringe somente aos grandes empreendimentos de luxo, que estão sendo erguidos em Santos (litoral de São Paulo). Os famosos “prédios tortos”, na orla da praia, mesmo com esse problema estrutural, chegaram a valorizar até 75% nos dois últimos anos.

Os prédios tortos chamam atenção pela inclinação acentuada. Na época de sua construção, principalmente nas décadas de 40, 50 e 60 do século passado, as fundações usadas eram pouco profundas. Por causa do solo da cidade, os alicerces foram cedendo, e eles ficaram inclinados. Segundo a prefeitura, há mais de 90 prédios nessa situação. Foram perdendo valor de mercado porque as pessoas não queriam comprar um apartamento nesses locais.

No entanto, o boom imobiliário da cidade, estimulado principalmente pelo petróleo do pré-sal, vem fazendo com que até esses prédios sejam valorizados.

O edifício Maembi, no bairro do Embaré, de classe média, é um dos que apresentam mais desalinhamento, com 1,18 m de desaprumo. Um apartamento de dois dormitórios, com 100 metros quadrados, há dois anos custava cerca de R$ 140 mil e atualmente está na faixa de R$ 230 mil, uma alta de 64%.

Preço de imóveis em outros pontos chega a dobrar

Para o corretor imobiliário Edmar Ribeiro Soares, que está no mercado há 42 anos, essa é a melhor fase de venda de imóveis na região. “Atualmente, as imobiliárias próximas à orla da praia estão vendendo de cinco a sete apartamentos por mês, e a tendência é que o mercado continue aquecido”.

Ele também cita outros prédios tortos, no bairro do Boqueirão, em que um apartamento de 110 metros quadrados estava à venda há dois anos por R$ 140 mil e hoje custa R$ 245 mil, variação de 75%.

Para se ter uma idéia da valorização que acontece em Santos nos últimos anos, o delegado do Conselho Recional de Corretores de Imóveis (Creci) na Baixada Santista, Carlos Ferreira, cita um empreendimento no bairro do Gonzaga, uma região de alto padrão. No lançamento, há dois anos, estava à venda por R$ 380 mil. Hoje custa cerca de R$ 750 mil, quase o dobro.

A valorização se estende a outros pontos da cidade. Um apartamento no bairro de classe média da Pompéia custava R$ 550 mil no lançamento, um ano atrás, mas agora vale R$ 980 mil, uma alta de quase 80%.

Um sobrado em um condomínio do Marapé, bairro de classe média baixa, dois anos atrás, valia R$ 230 mil, mas hoje em dia está em R$ 350 mil, mais de 50% de ganho.

Prédios comerciais também se valorizam, dizem corretores

Essa alta nos preços dos imóveis se estende também aos conjuntos comerciais. “Um empreendimento comercial no Boqueirão, em uma das avenidas mais movimentadas de Santos, no lançamento era vendido pelo preço de R$ 240 mil. Atualmente, dois anos depois, custa cerca de R$ 380 mil, quase 60% de elevação. A valorização dos imóveis de alto padrão é de quase 27% ao ano”, afirma Ferreira.

Em outra imobiliária de Santos, a corretora Cristina Baroni diz que as vendas estão mesmo em alta e também constata a valorização. “Num prédio com vista para o mar, no canal 5 (área de classe média), um apartamento de dois dormitórios com garagem custava cerca de R$ 160 mil há um ano. Hoje estão querendo vender por R$ 280 mil [75% a mais]”.

Para o delegado do Creci, alguns fatores ajudam para que o preço dos imóveis continue subindo. “A descoberta do petróleo na camada de pré-sal, as obras de ampliação do porto de Santos, o projeto de ponte para ligar Guarujá e Santos e o projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), entre Santos e São Vicente deram um impulso no mercado imobiliário da região. Se tudo isso sair do papel, nos próximos anos, teremos um boom imobiliário com crescimento constante não só em Santos, mas em todas as cidades da Baixada Santista.”

 

UOL

Enhanced by Zemanta

Santos na Mídia – Revista Claudia – setembro 2011

O texto

Santos na Mídia – Programa Caminhos Tv Usp

Santos: a capital dos navios

A capital dos navios

O porto de Santos, maior do Brasil, cresce, ganha segurança e tende a se isolar da cidade.

Texto: Fábio Mazzitelli

foto: Flávio R. Berger / Fotoimagem

 

Entre os fidalgos portuguesesque acompanharam MartimAfonso de Sousa na fundação do povoado de São Vicente, em 1532, Braz Cubas foi um dos mais bem sucedidos. Foi dele a idéia de transferir o porto da baía de Santos para o seu interior, em águas protegidas, dificultando ataques de piratas, no acesso do canal do estuário. Ali foi fundado outro povoado, conhecido a princípio apenas como Porto. O final dessa história todo brasileiro já conhece: o porto da cidade de Santos, nascido do povoado idealizado por Braz Cubas no século 16, cresceu em movimento – a princípio devagar, depois aos saltos, nos tempos áureos da cultura do café no Estado de São Paulo – e hoje é considerado o maior terminal marítimo da América Latina.

Pelo porto, passaram cerca de 68 milhões de toneladas de carga em 2004, um recorde que corresponde a um crescimento de 13% em relação ao ano anterior. Grandes armazéns servem de abrigo a mercadorias dos mais variados tipos – açúcar, café, laranja, algodão, adubo, carvão, trigo, sucos cítricos, soja, veículos. Canalizações submarinas conduzem petróleo e seus derivados, armazenados nos tanques da ilha de Barnabé e nos cais de Alemoa e Saboó.

Com 66 berços atracáveis, o porto teria capacidade para recepcionar o mesmo número de navios ao mesmo tempo. Mas, na prática, o terminal funciona com aproximadamente metade dos pontos de atracação ocupados. A profundidade de 14 metros do canal do estuário, que separa a margem direita (Santos e Cubatão) da margem esquerda (Guarujá) do porto, restringe o tráfego de navios, principalmente os de grande porte quando estão lotados de carga.

Fundeados na barra da Baía Santista, em média, ficam quinze navios por dia, na alta temporada de escoamento da produção agrícola brasileira, que vai de abril a novembro. O tempo de espera pode variar de horas a dias, o que depende de uma série de fatores – desde a existência de uma vaga no terminal de destino, até a espera pela alta da maré ou por um cais de menor profundidade, ou o cálculo da hora certa para entrar no porto pagando menos tarifas.

Novos tempos

A maioria dos navios que trafega pelo porto está lotada de cargas a granel ou carrega contêineres de carga geral, cujo transporte é feito integralmente por máquinas. O transporte de sacas de açúcar, dispostas no porão do na¬vio manualmente, é o mais demorado, exigindo na maioria das vezes mais de um dia de atracação, dependendo da velocidade de trabalho dos estivadores.

Nos terminais de contêineres, a situação é diferente. Construídos há menos de vinte anos, alguns até recém-inaugurados, esses terminais são os mais modernos do porto. Aqui, o andamento do trabalho depende menos da força dos estivadores e mais da capacidade de funcionamento e tecnologia das máquinas. São os novos tempos.
Ao longo da história de Santos, a cidade cresceu e se desenvolveu a partir das docas, interagindo com os navios atracados. “Em alguns momentos, como no final da década de 1970, quase a metade da população economicamente ativa da cidade trabalhava diretamente com o porto”, diz o professor Alcindo Gonçalves, coordenador do Nesse/Unisanta (Núcleo de Estudos Sócio-Econômicos da Universidade Santa Cecília). A situação começou a mudar com a promulgação da lei 8.630, de 1993, a chamada Lei dos Portos. A partir daí, empresas privadas passaram a gerenciar as operações portuárias e também a mão-de-obra. Hoje, essas empresas controlam a rotina tanto dos trabalhadores avulsos a bordo dos navios, como daqueles que atuam no cais.

A vida no porto caminha inexoravelmente para uma separação. A partir desse ano, Santos, como todos os portos brasileiros, têm de colocar em prática o ISPS Code (sigla em inglês para Código Internacional para Segurança de Navios e Instalações Portuárias), uma espécie de selo de garantia para o comércio internacional. “É uma grande oportunidade para agregar vantagem competitiva ao porto”, afirma Fabrizio Pierdomênico, diretor-comercial e de desenvolvimento da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), estatal de capital misto que administra o porto de Santos. “Além de ser o maior porto, o que mais movimenta, o mais importante e o mais estratégico, Santos deverá ser também o porto mais seguro do país.”

As exigências com a segurança já mexem com as estruturas do cais santista. A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), empresa que administra o porto, contratou 166 guardas portuários no final de 2004 e pretende reunir 441 funcionários de segurança próprios durante o ano de 2005. Além desses, a zona portuária já conta com centenas de seguranças particulares, contratados pelas 94 empresas arrendatárias, que zelam por 80% da área do porto.

Também está prevista a instalação de 28 portões de acesso para os 32 mil usuários do porto. Como medida de segurança, os portões serão equipados para fazer a leitura biométrica da mão dos trabalhadores. A segurança vai incluir câmeras de TV, catracas eletrônicas, cancelas e torniquetes. Em maio de 2006, será implantado um radar marítimo que vai fazer a cobertura do porto em um raio de 34 quilômetros, além de uma torre de controle que vai monitorar os 13 mil metros da faixa de cais.

Um dos maiores desafios para o futuro será separar o porto da cidade de Santos – uma das exigências do ISPS Code. Isso porque boa parte da área do porto foi construída sem a preocupação de evitar o acesso da população ao cais. Há trechos em que os moradores utilizam catraias, pequenas embarcações com capacidade para 17 pessoas, navegando por um estreito canal que atravessa o cais. Avenidas cortam o cais na margem direita, na qual não há qualquer separação da comunidade. Nessa história iniciada por Braz Cubas, a cidade cresceu e se desenvolveu a partir das docas, interagindo com os navios atracados. Os novos tempos não vão permitir mais isso.

A antiga fonte de energia

Na base da Serra do Mar, a usina Itatinga resiste ao tempo e mantém em boas condições a imponente casa de força que abastece o porto de Santos de energia elétrica. Levantada pelos ingleses, a usina que iniciou suas operações em 1910, é capaz de gerar de 10kw/h a 15kw/h. Ao seu redor, foi construída uma vila operária, com todas as casas de madeira do mesmo estilo, uma escola primária, posto médico e até cinema. Hoje, está quase tudo desativado, com a redução dos quadros de funcionários. As casas fechadas servem apenas para o pernoite dos funcionários de manutenção da hidrelétrica. Em 2003, a usina teve o processo de tombamento reconhecido pelo Condephaat. Há quem defenda também o tombamento do povoado, antes apelidado de Vila dos Ingleses. O acesso ao lugar é feito por meio de um antigo bonde elétrico.

O porto em números

Malha Ferroviária: Total 100 km
Tanques: Capacidade total 545.000 m2
Dutos: Total 55.000 m
Armazéns: Área total (com silos) 480.000 m2
Pátios: Área total 1.120.000 m2
Usina de Itatinga: Potência 15.000 kW / Linhas de transmissão 30 km
Cais/berço de atracação: Codesp 55 / Terminais privativos 9 / Total 64
Cais/extensão: Codesp 10.900 m / Terminais privativos 1.670 m / Marinha do Brasil 430 m / Total 13.000 m
Área: Margem direita 3.700.000 m2 / Margem esquerda 4.000.000 m2 / Total 7.700.000 m2

Os fregueses do cais

Navios-tanque
Usados no transporte de petróleo bruto e produtos refinados (álcool, gasolina, diesel, querosene etc). As cabines ficam na parte de trás (popa) e quase sempre têm uma ponte no meio do navio que vai até a frente (proa). É uma precaução de segurança, pois, quando carregados, esses navios podem ficar apenas com uma pequena borda fora d’água.

Navios de carga geral
Transportam sacarias, caixas, veículos encaixotados ou sobre rodas, bobinas de papel, barricas, barris etc. Têm aberturas retangulares no convés principal e aberturas chamadas escotilhas, por onde a carga é embarcada para ser arrumada nas cobertas e porões. A carga é içada ou arriada pelo equipamento do navio ou pelos guindastes existentes no porto.

Navios Roll-on Roll-off
A carga entra e sai dos porões e cobertas sobre rodas (automóveis, ônibus, caminhões) ou sobre veículos (carretas, trailers, estrados rolantes etc). Existem vários tipos de RoRos, como os porta-carros, porta-carretas etc, caracterizados pela altura da lateral (costado) e pela rampa na parte de ré ou no costado.

Têm a finalidade de transportar pessoas e bagagens para viagens de cruzeiros turísticos. Possuem estrutura voltada para o lazer, como restaurantes, cinema, piscinas, salões de festa, auditórios etc.

Navios rebocadores
Usados para puxar, empurrar e manobrar navios maiores. Geralmente, eles são utilizados nos canais de acesso dos portos. Podem também socorrer navios em alto-mar, rebocando-os para zonas seguras; e para puxar navios encalhados em bancos de areia.

Navios graneleiros
Servem para transportar grandes quantidades de carga a granel, como milho, trigo, soja, minério de ferro etc. Possuem um longo convés principal e grandes porões. Não têm guindastes e a carga é embarcada pelas esteiras rolantes do porto.

Navios porta-contêineres
Semelhantes aos de carga geral, normalmente não possuem mais de um ou dois mastros simples sem paus de carga. As escotilhas abrangem praticamente toda a área do convés e são providas de guias para encaixar os contêineres nos porões. Alguns navios têm guindastes especiais.
Fonte: http://www.portodesantos.com/kids

Nos tempos do Nasmith

Em 2 de fevereiro de 1892, portanto, há mais de um século, a então Companhia Docas de Santos entregava à navegação mundial os primeiros 260 metros de cais, que substituíram os antigos trapiches e pontes fincados em terreno lodoso e de mangue na área do bairro santista do Valongo. Para marcar aquela data, oficializada como a inauguração do porto de Santos, atracou no cais o vapor Nasmith, de bandeira inglesa. Começava então uma nova fase na vida da cidade fundada no século 16 por Braz Cubas, que já existia em função do comércio portuário desde aqueles tempos longínquos. No final do século 19, já estava em operação desde 1867, a São Paulo Railway, ligando por via ferroviária a região da Baixada Santista ao Planalto, o que melhorou substancialmente o comércio com a cidade de São Paulo e o interior do Estado. Após concorrência pública, a Companhia Docas de Santos foi constituída dois anos depois pelo grupo liderado por Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle, autorizado a construir e explorar o porto. Em 1980, com o término do período legal de concessão da exploração do porto, o governo federal criou a Codesp. Com a Lei 8.630 de 1993, chamada Lei dos Portos, os 13 quilômetros de cais, entre as duas margens do estuário de Santos, entraram em nova fase de exploração, com arrendamento de áreas e instalações à iniciativa privada.

Horizonte Gráfico