Ana Costa já está com novo visual

ana costa

O trecho final da avenida Ana Costa está com novo visual, tornando o badalado bairro do Gonzaga ainda mais atraente para turistas e moradores da cidade. As obras de reurbanização do chamado eixo turístico da avenida, entre a orla e a Praça Independência, ainda não foram concluídas, mas é visível a transformação da área. Estão sendo investidos R$ 7,2 milhões nas obras, executadas pela Prefeitura de Santos com recursos do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias).

Todas as fiações elétricas foram embutidas no subsolo, o que deixou o visual mais limpo com a retirada dos antigos postes e do emaranhado de fios aéreos. As duas pistas foram repavimentadas e instalada sinalização de solo. Os dois lados da avenida também já contam com 20 postes de iluminação, de duas pétalas, com refletores voltados para as pistas e as calçadas.

O projeto prevê ainda a recomposição de áreas, com aplicação de rejunte no piso drenante (que absorve parcialmente a água da chuva) e colocação de novos bancos e lixeiras. No trecho turístico, as 27 palmeiras imperiais – árvore que caracteriza a Ana Costa – receberam iluminação especial, com refletores específicos instalados no solo.

Já na Praça da Independência, foram instalados refletores na cor verde para as palmeiras, além de 26 refletores de vapor metálico para iluminar o Monumento dos Andradas, inaugurado em 1922 em homenagem ao Centenário da Independência do Brasil.

Galeria histórica é descoberta durante as obras

A reurbanização do eixo turístico da avenida Ana Costa ganhou um novo atrativo com a galeria subterrânea descoberta por acaso durante as obras de escavação para trabalho nos dutos de infraestrutura e energia da região. A galeria fica sob o leito carroçável da avenida e é a nova aposta da Prefeitura de Santos, que já providenciou o registro da área no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para que seja definida como de interesse nacional.

“Vamos explorá-lo turisticamente. É mais um capítulo da nossa história, que é muito rica e precisa ser preservada e difundida para as novas gerações. Santos é um grande sítio arqueológico”, disse o prefeito Paulo Alexandre Barbosa, que apresentou à imprensa duas garrafas de vinho, frascos de remédio e dois tijolos de fabricação antiga encontrados no local. “As garrafas nos remetem para o século XIX”, afirmou o arqueólogo Manoel Gonzalez, do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas.

Estima-se que a galeria seja do final desse século. Com 18 metros de largura – ainda não se sabe o comprimento – e assoreada (coberta de areia) em boa parte de sua base, a estrutura é composta por diversos arcos de tijolo, separados por alguns pilares feitos do mesmo material e perfil metálico. Ela está a 46 cm do chão.

Nas próximas semanas o público já poderá observar a antiga estrutura da galeria. A Prefeitura construída no passeio público, na altura do número 479 da avenida, o que denominou “Túnel do Tempo”, um poço de visita em volta do qual será erguida uma parede para a sustentação de vidros temperados e laminados, que serão usados como piso para facilitar a visualização. Um totem informativo será colocado sobre a estrutura, que receberá iluminação cênica.

Enquanto isso, a Prefeitura pretende avançar na prospecção arqueológica, a princípio com o auxílio de um robô dotado de câmara com visão de 360 graus para fazer o mapeamento da estrutura. Depois, entrará em ação a equipe que fará a escavação manual, adiantou o prefeito Paulo Alexandre, que designou um grupo multidisciplinar, como arqueólogos, historiadores, engenheiros e arquitetos, para os trabalhos. De acordo com o prefeito, a partir de agora, toda obra subterrânea terá acompanhamento arqueológico.
Especula-se que a galeria teria a função de canalizar um rio que vinha dos morros e outro oriundo do porto, o que contesta a versão de historiadores de que a desembocadura dos dois rios seria na direção do canal 3. Os rios que cortavam Santos começaram a ser canalizados um pouco antes do projeto de saneamento básico de Saturnino de Brito, em 1905.

 

 

Jornal da Orla

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Encontrada galeria de 120 anos no subsolo da Ana Costa

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A descoberta de uma galeria submersa na avenida Ana Costa, no trecho entre o Shopping Parque Balneário e a orla pode desvendar um mistério de aproximadamente 120 anos e mudar um capítulo da história da cidade. O achado deu-se por acaso, há 15 dias, durante uma obra da Siedi (Secretaria de Infraestrutura e Edificação).

“Durante uma escavação para trabalharmos nos dutos de infraestrutura e energia da região, foram encontrados resquícios da antiga galeria”, disse o engenheiro Glaucus Farinello, chefe do departamento de obras públicas da Siedi.

Com 18 metros de largura – ainda não se sabe o comprimento – e assoreado (coberto de areia) em boa parte de sua base, por conta da construção dos canais no início do século 20, a estrutura é composta por diversos arcos de tijolo, separados por alguns pilares feitos do mesmo material e perfil metálico, além de trilhos de bonde na parte superior dos arcos, que ajudam na sustentação do local, por conta das vigas metálicas.

Mudança

A descoberta pode reescrever a história do encontro dos dois rios, que até então presumia-se acontecer na altura do canal 3. “Essa galeria foi construída entre os anos de 1890 e 1896 e teria função de canalizar um rio que vinha dos morros e outro oriundo do porto. A descoberta contesta a versão, que muitos historiadores sustentam, de que a desembocadura dos dois rios seria na direção do canal 3.

Minha opinião é que isso acontecia na Ana Costa, contrariando os mapas. A galeria está localizada na direção da praça da Independência, caracterizando a passagem do rio. Não haveria sentido em fazer uma galeria ali se isso não acontecesse”, avalia o arqueólogo Manoel Gonzalez, diretor do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas, que, acionado pela prefeitura, iniciou um trabalho de pesquisa e estudo na galeria.

Entrevista

Diretor do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas, o arqueólogo Manoel Gonzalez é o responsável pelo trabalho de pesquisa e estudo da galeria encontrada no subsolo da avenida Ana Costa, no Gonzaga, entre a orla e a praça da Independência. Confira os principais trechos da entrevista concedida ao Diário Oficial de Santos.

Como surgiu esta descoberta?
Durante as obras de reurbanização do trecho foi encontrada uma galeria subterrânea, a qual teria canalizado o encontro de dois rios, um que vinha dos morros e outro do porto, os quais, na minha opinião, desembocavam na Ana Costa.

De que época são essas estruturas?
Por volta de 1890 e 1896 teria ocorrido essa canalização para a passagem dos bondes, que não conseguiriam passar por ali, para promover a valorização e crescimento desta região. Em 1895 também foi realizado saneamento no local, que era todo areia.

O que representa o achado arqueológico?
Agora vamos registrar a área no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como sítio arqueológico. Com isso estamos fazendo o resgate desta história, que não foi perdida porque não foi nem mesmo registrada na época. Esta foi uma obra muito importante e de grande valor sanitário, arquitetônico e de engenharia. O achado também pode mudar o conhecimento sobre onde era o encontro dos dois rios, que para alguns historiadores ficava na área do canal 3.

Reurbanização do eixo turístico do Gonzaga segue em ritmo intenso

ana costa

A reurbanização do eixo turístico do Gonzaga, no trecho entre as praças das Bandeiras e da Independência, segue em ritmo acelerado. A intervenção realizada pela prefeitura com recursos de R$ 7,2 milhões do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), está transformando o visual do local, com novas calçadas, paisagismo e postes de iluminação.

Foi concluída no sentido praia-Centro a troca do mosaico português pelo piso drenante. “Esse material absorve parcialmente a água da chuva, reduz o impacto no sistema de drenagem e a sensação de calor”, explica Glaucus Farinello, chefe do Departamento de Obras Públicas da Secretaria de Infraestrutura e Edificações.

O novo calçamento é dividido em duas faixas, sendo uma próxima à avenida para serviços (lixeiras, postes etc) e a outra livre, voltada aos pedestres e que favorece a circulação de pessoas com deficiência. “Está ficando muito bom, pois alargou o espaço para as pessoas transitarem”, disse Francisco Araújo, 67 anos.

Os trabalhos se concentram agora no sentido Centro-praia. Os dois lados da avenida já contam com 20 postes de iluminação com refletores voltados para a pista e calçadas. Os antigos postes serão removidos e as fiações elétricas aéreas serão embutidas no solo. O trecho também contará com ipês-amarelos, além de novos bancos, lixeiras e baias de embarque e desembarque.

Palmeiras ganham iluminação especial

As 27 palmeiras imperiais no trecho turístico também estão recebendo iluminação especial, com refletores específicos instalados no solo. No canteiro central da Ana Costa são 38 conjuntos de luzes de LED, que permitem a utilização de diversas cores e efeitos.

Já na praça da Independência, foram instalados refletores na cor verde para as palmeiras, além de 26 refletores de vapor metálico para iluminar o Monumento dos Andradas. As novas iluminações estão em fase de testes e ajustes e devem entrar em operação dentro de 10 dias. A obra está orçada em R$ 592.794,70.

Nova iluminação destaca praça da Independência e Ana Costa

A prefeitura está promovendo uma série de melhorias na iluminação da avenida Ana Costa, entre a praia e a praça da Independência. Na praça, por exemplo, foram instalados oito postes com duas luminárias com lâmpadas de 400 w de vapor metálico voltadas para a pista de rolamento e uma luminária de 150 w direcionada para a calçada.

Serão instalados ainda 14 refletores metálicos verdes de 150 w nas sete palmeiras (dois em cada uma) no entorno da praça. Os jardins receberão oito refletores de 150 w de vapor metálico verde. Já o monumento dos Andradas será realçado com a colocação de 16 refletores de 150 w e outros 10 com potência de 250 w, ambos de vapor metálico.

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No trecho entre a praia e a praça da Independência, as 19 palmeiras imperiais vão ganhar iluminação cênica especial, proporcionada por dois refletores de 48 leds em cada uma, que vão gerar efeito multicolorido. O valor da obra, orçada em R$ 592.794,70, é proveniente do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias).