As obras do Orquidário Municipal terminam até o fim deste mês, mas a abertura do parque ao público deverá ocorrer cerca de 30 dias depois.
A decisão de não abrir as portas ainda em março, como havia previsto o secretário de Infraestrutura e Edificações, Antônio Carlos Silva Gonçalves, foi tomada nesta quinta-feira pelo prefeito João Paulo Papa, em conjunto com o próprio Gonçalves, além da secretária de Turismo, Wânia Seixas, e os técnicos da área de zoologia e botânica.
O grupo, composto ainda pelo chefe do Departamento de Parques da Secretaria de Turismo (Setur), Nelson Barros, e pelo coordenador do Orquidário, Paulo Monteiro, passou a manhã de ontem vistoriando o local.
“Fizemos uma reunião de avaliação técnica e concluímos que, apesar de a obra estar nos seus momentos finais, entre a finalização dos trabalhos e o início de funcionamento do parque é preciso um período para acabar o paisagismo e para a adaptação dos animais nos seus novos recintos”.
Outro argumento para retardar a inauguração é a capacitação dos novos profissionais admitidos em função da ampliação da unidade.
Ao mesmo tempo, serão feitas as instalações de equipamentos no hospital veterinário e de mobílias do prédio administrativo. Também ficou para esta última etapa a comunicação visual das alamedas.
“O trabalho foi o mais complexo deste Governo e ficará primoroso. São três anos de intervenções e obras, lidando com os problemas que tivemos, mas mantendo tudo vivo, inclusive animais se reproduzindo”, ressalta Papa.

Prazo de conclusão da obra é o final deste mês, portas devem ser abertas um mês depois
Mais espaço
Quando tudo terminar, o Orquidário passará a contar com 2,2 mil metros quadrados a mais de área, totalizando 24,5 mil metros quadrados. Serão, ao todo, 450 animais e 2 mil espécies de plantas nativas, sendo 150 tipos de orquídeas.
A bióloga responsável pela Zoologia, Ana Beatriz Comelli, lembra que o público poderá apreciar vários novos habitantes. “Temos animais que precisam realmente de um cuidado especial na adaptação, pois muitos, além de trocar de ambiente, nunca ficaram em exposição. Eles lidarão com espaços novos e situações novas”.
Dentre as novidades estão um casal de macacos da espécie bugio e um casal de gatos do mato. Há também exemplares novos de espécies já conhecidas dos visitantes, como veados, pavões, cotias, araras, e saracuras, que nasceram durante as obras. “Com a ampliação dos ambientes, a ideia é trazer novos animais, como jacarés e araras”.
De acordo com Wânia Seixas, a medida em que vão ficando prontos os recintos, os técnicos entram com o pedido de licença de manejo junto à Secretaria de Estado de Meio Ambiente. “Esse detalhe também nos fez adiar a inauguração, já que é algo que não depende só da Prefeitura”.
No que tange ao setor de botânica, os visitantes também terão surpresas. A bióloga responsável pela área, Maria Cecília Furegato, conta que além da unidade de exposição revitalizada, os frequentadores poderão observar as orquídeas florescendo nas árvores.
“O orquidário inteiro terá orquídeas fixadas nas árvores e nos canteiros terrestres para que as pessoas desenvolvam seu olhar contemplativo”, diz Maria Cecília.
Para Wânia, o objetivo das frentes de trabalho é garantir que a abertura do parque se dê em condições ideais para a população e, principalmente, para os animais.
“Foram muitas fontes de recursos, que somam quase R$ 12 milhões. Tivemos várias licitações. Quando começamos, achávamos que era um sonho muito difícil. Agora vemos que valeu a pena porque realizaremos este sonho que começou há três anos”.
A Tribuna