O Jardim Botânico Municipal Chico Mendes, no bairro Bom Retiro será revitalizado. O parque terá mais atrações entre elas um prédio de 335 m² que abrigará o Departamento de Parques e Áreas Verdes, uma torre de observação com 21 metros de altura, para a observação de aves e vista panorâmica do parque e o ‘Cubo Cultural’ que com 90m² às margens do lago central, será destinado para ações educativas e artísticas.
Também serão construídos no lago novos taludes (rampa, declive) e uma ponte interligando a margem até a área central, onde será feito um jardim. O entorno também ganhará novo paisagismo e bancos. Dentro da remodelação o antigo lago do meio foi aterrado para servir de esplanada para o ‘Cubo Cultural’, enquanto o lago menor será mantido com as plantas aquáticas.
Novidades à vista para o Parque Municipal Roberto Mario Santini (emissário submarino). O arquiteto Ruy Ohtake, autor do projeto da obra, inaugurada em 2009, foi recebido nesta segunda-feira (12) pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa, no paço municipal, para discutir detalhes sobre a reurbanização do parque, que recebe milhares de visitantes o ano todo.
“Vamos partir para a modernização da área, com o olhar privilegiado do Ruy Ohtake, um dos maiores nomes da arquitetura”, disse o prefeito. No projeto serão contemplados novo Museu do Surfe, em substituição ao antigo que foi demolido, e a inclusão de um chafariz, que será destaque do projeto Roteiro das Fontes, a ser criado na orla. Também estão previstos espaço de convivência para idosos e áreas com sombra, solicitações feitas sábado (10) por munícipes no ‘Viva o Bairro’.
Após o encontro, o arquiteto visitou o parque para dar início ao projeto de criação. “O lugar deve ser de uso de crianças, adolescentes e idosos”, disse Ohtake.
Manutenção
Nesta terça-feira (13), a equipe da Secretaria de Serviços Públicos começa o trabalho de envelopamento em concreto da base da escultura da artista plástica Tomie Ohtake, que também receberá pintura geral. A cobertura do anexo do prédio da Guarda Municipal e o piso onde ficava o Museu do Surf também recebem melhorias.
A Ilha Diana, na área continental, ganhará novas cores. Um mutirão de pintura será realizado em todas as casas de alvenaria e madeira. Trata-se do Projeto Ultramar – Ilha Diana, cujo ponto alto será sábado (18), a partir das 9:00 horas, com participação de cerca de 40 pessoas, entre profissionais da prefeitura, artistas, comunidade, estudantes e demais interessados.
O objetivo é transformar a paisagem urbana da ilha, que reúne atualmente 180 moradores, e incentivar as relações sociais e a percepção estética. Coordenado pelo artista plástico Mauricio Adinolfi, o trabalho começou em fevereiro com visitas do artista às casas, para conversar com os moradores sobre as cores desejadas.
“Conseguimos montar uma composição específica para cada casa. A pintura valoriza um olhar sobre a história dessas construções e de seus habitantes, documentando essa comunidade”, explica o artista.
Segundo o Dear-AC (Departamento de Administração Regional da Área Continental), em abril uma equipe cuidou do preparo das casas para receber a pintura nova, com troca de placas de madeira, aplicação de reboco e reparos na alvenaria. Além da prefeitura, o projeto tem apoio Governo do Estado de São Paulo, da Sociedade de Melhoramentos da Ilha Diana e Tintas Coral.
Santos contará a partir de sábado (11) com um novo cartão postal. Às 11 horas, a prefeitura entrega a remodelação do eixo turístico do Gonzaga, trecho da avenida Ana Costa entre as praças das Bandeiras e Independência.
A área ganhou nova pavimentação, pintura de solo, calçamento, paisagismo, bancos e lixeiras, retirada de postes e da fiação aérea para embutimento subterrâneo, criação de baias de embarque e desembarque, iluminação especial nas palmeiras do canteiro central da avenida e da praça Independência, postes metálicos com hastes específicas para iluminar a via e calçadas, entre outras melhorias.
O calçamento foi dividido em duas faixas, sendo uma próxima à avenida para serviços (lixeiras, postes etc) e a outra livre, voltada aos pedestres. O piso em mosaico português foi trocado pelo tipo drenante, melhorando a acessibilidade no trecho. As intervenções contaram com cerca de R$ 7,8 milhões de recursos do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), do governo estadual.
Para marcar a inauguração, que contará com a presença do prefeito Paulo Alexandre Barbosa, na praça das Bandeiras haverá show do cantor Celso Lago, com clássicos da MPB no repertório.
Galeria
Outra atração do trecho turístico será um dispositivo no solo, com a colocação de piso de vidro temperado laminado, para visualização da galeria subterrânea descoberta durante a obra de remodelação da área. Ao lado, também haverá um totem informativo. A galeria de cerca de 120 anos teria sido construída para a canalização do rio chamado ‘Dois Rios’. O local é objeto de estudo pelo arqueólogo Manoel Gonzalez, diretor do Centro Regional de Pesquisas Arqueológicas.
Ponto cultural que marcou época na orla, com espetáculos teatrais e shows musicais, a Concha Acústica pode voltar aos bons tempos. Um projeto de revitalização da prefeitura já está em andamento para reativar o espaço situado nos jardins, junto ao canal 3, e devolvê-lo à população para cultura e lazer ao livre.
Há mais de uma década não é possível promover eventos com equipamentos de som elétricos por força de decisão judicial, sob reivindicação dos moradores dos prédios em frente à praia, que reclamavam do barulho.
A situação pode mudar com a reforma que prevê a colocação de painéis de vidro temperado de 16 mm, com 3,20 m de altura, no entorno do espaço. A instalação servirá para concentrar o som produzidos nos eventos na área que envolve o palco e arquibancada. “O som ficará isolado, restrito para a plateia e o painel evitará que ele se propague para a área externa”, explica o arquiteto da Prodesan, Carlos Prates, autor do projeto.
As melhorias contemplam também a ampliação do palco de 25 m² para 50 m², cabine de vidro para monitoramento do som e refletores de palco por controle remoto, rampa de acesso para cadeirantes, reforma dos camarins e dos sanitários (também com acessibilidade). As arquibancadas terão mais conforto com a colocação de cadeiras de PVC. A concha terá capacidade para 370 espectadores (250 sentados e 120 em pé).
Simulação
Antes da instalação das paredes de vidro serão feitos testes com painéis de MDF (madeira). “O material tem a mesma consistência acústica do vidro. Haverá medições dos decibéis em pontos diferentes para aferir a intensidade acústica ideal; também serão feitos testes com sons de guitarras e baterias para calcular se o som está dentro dos limites”, explicou o secretário de Cultura, Raul Christiano Sanchez. As simulações serão realizadas pela Polus Engenharia, empresa especializada da Capital.
Os tapumes de madeira serão instalados nesta quarta (24) no entorno da concha, e os testes iniciados na próxima semana, com acompanhamento do Ministério Público. Se aprovado, será iniciada licitação para o início da reforma, orçada em R$ 1,2 milhão. A prefeitura conta com repasse de R$ 40 milhões oriundos do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias) para diversas obras no setor de cultura. A previsão é de início no segundo semestre e conclusão em oito meses.
Dentro da reurbanização do eixo turístico do Gonzaga, a avenida Ana Costa passará, a partir de segunda (1°), por obras de fresagem (retirada superficial do asfalto) e repavimentação, entre as praças das Bandeiras e da Independência. O serviço será realizado pela empresa Fortnort, sob supervisão da Secretaria de Infraestrutura e Edificações, com duração de três dias caso não haja mau tempo. Ao todo, 3,2 mil m² de vias receberão novas camada de asfalto e, em seguida, sinalização de solo.
Para execução da obra o trânsito será interditado em alguns períodos. Na segunda o bloqueio começa às 20h na pista praia-Centro. Na manhã seguinte, o trecho permanece interditado até que o asfaltamento seja concluído. No mesmo dia, a partir das 20h, o serviço tem início no sentido Centro-praia, que ficará bloqueado.
E, na quarta (3), a pista continuará fechada para a pavimentação. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) vai alterar os semáforos da área e manter operadores no local para orientar os motoristas. O trajeto e pontos de parada dos ônibus também serão modificados.
O entorno do Aquário Municipal, a praça Luiz La Scala, vai se tornar ainda mais atraente e contará com melhor infraestrutura. A reurbanização do espaço pela prefeitura prevê sanitários, instalação de equipamentos de ginástica e novas áreas de descanso. A obra está entre os 11 projetos do município que contarão com recursos do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Turismo. O investimento será de R$ 1,7 milhão.
De acordo com o arquiteto Carlos Prates, da Prodesan, está previsto o Espaço do Cruzeiro em área à frente do Aquário, com espelho d’água, pérgula com bancos e criação de novo velário. “Na área atrás do equipamento turístico haverá o Espaço das Águas, outro espelho d’água com jatos e esculturas de três peixes estilizados, com iluminação exclusiva e pérgula e bancos em volta”. A fonte com escultura do Pescador será mantida no mesmo lugar. “A população já se apropriou do espaço e o objetivo é qualificar esta área e oferecer mais conforto para atividades culturais e de lazer”, afirma o secretário de Turismo, Luiz Guimarães.
Monitoramento e Deck do Pescador também terão investimentos
Também contarão com recursos do Dade a ampliação e modernização do sistema de monitoramento do Aquário (R$ 100 mil), que passará de 17 câmeras para 32, interligadas ao SIM (Sistema Integrado de Monitoramento) da Seseg (Secretaria de Segurança). Estão previstos equipamentos com infravermelho e portaria eletrônica.
Outra importante intervenção que terá recursos do Dade (R$ 200 mil) será a de melhoria da acessibilidade e reparos na cobertura de policarbonato do Deck do Pescador. No local será construída nova rampa de acesso para pessoas com deficiência. Os projetos estão em fase de elaboração. Após a aprovação pelo Dade, serão realizados os respectivos processos licitatórios.
Azul, vermelho, verde e mostarda.Uma verdadeira paleta de cores que tem atraído olhares na rua Alexandre Gusmão na entrada da cidade. O que era cinza encardido ganhou vida. A construção do Complexo Comercial e Hoteleiro do Valongo tem como plano construir 329 salas comerciais, 228 apartamentos e revitalizar fachadas de imóveis ao redor. A obra que está sendo erguida pela Odebrecht na confluência das ruas Marquês de Herval e Cristiano Otoni – próximo a futura sede da Petrobrás -, tem animado moradores.
A partir do primeiro fim de semana de setembro, será aberta a visitação ao empreendimento.
O estudo final de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental do programa de revitalização Porto Valongo Santos estará concluído até outubro. A garantia é do secretário municipal de Planejamento, Bechara Abdalla Pestana Neves.
Realizado pela empresa Ove Arup & Partners, o plano de ocupação e de sustentabilidade tem como objetivo a construção de um complexo turístico, empresarial, cultural e náutico na região dos abandonados armazéns 1 ao 8.
Para viabilizar o que está planejado nessa área, de 141,9 mil metros quadrados, estão previstos investimentos de R$ 554 milhões.
O representante do Executivo participou, ontem à tarde, de uma reunião do Conselho de Câmaras Setoriais da Associação Comercial de Santos, cujo tema foi o andamento de projetos para a revitalização do Centro Histórico.
O impacto dos investimentos de empresas privadas, da Petrobrás e do projeto Porto Valongo Santos transformará uma região bastante degradada do Município em um novo ponto turístico e cultural.
“Estamos trabalhando para que esse processo seja irreversível e garanta a continuidade de um projeto que trará muitos frutos para toda a região. Os grandes portos do mundo têm um complexo como esse. Santos não pode ficar de fora”, diz Neves.
Copa do Mundo
As primeiras licitações para viabilizar o complexo estão previstas para serem lançadas no início do próximo ano e deverão ser feitas de duas formas.
A União será a responsável pela concorrência para a construção do novo terminal de passageiros e de três novos berços de atracação de navios. O restante deverá ficar sob a responsabilidade da Administração Municipal.
O secretário afirma que a Prefeitura ainda está aguardando uma resposta do Governo Federal para a inclusão do projeto Porto Valongo Santos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo de 2014.
Se isso ocorrer, os processos de licitação e de licenciamento para a realização das obras do novo complexo serão mais ágeis.
Petrobrás
Outro importante projeto que é desenvolvido no Valongo é de responsabilidade da Petrobrás. A estatal construirá três torres (cada uma com 17 pavimentos) para a instalação da sede definitiva da Unidade de Negócios da Bacia de Santos (UN-BS), assim como o centro de integração de operações.
O gerente geral da UN-BS, José Luiz Marcusso, afirma que as obras estão em andamento e o primeiro edifício deverá ser entregue no dia 15 de março de 2014. O prazo inicial estabelecido era o final do próximo ano. No entanto, houve uma alteração no projeto, devido à uma rocha.
O prédio deverá abrigar cerca de 2.300 trabalhadores. O segundo está previsto para ser entregue em 2016 e o terceiro, dois anos mais tarde.
Celebrado nesta quinta-feira (16), o aniversário do Centro Histórico, cuja data foi instituída pela lei 1.891, de 2000, é marcado por mudanças de cenário com revitalização dos patrimônios públicos, retorno de empresários e aquecimento do comércio e turismo. Formada pelos bairros do Centro, Valongo, Vila Nova, Paquetá, Vila Mathias e o Bairro Chinês, a região já recebeu R$ 194 milhões em investimentos, entre 2003 e 2011, dos poderes públicos municipal, estadual e federal e da iniciativa privada.
É no Valongo, conhecido por reunir a antiga Estação Ferroviária e o Santuário Santo Antônio do Valongo, que está concentrado o maior volume de novos investimentos. Numa área de 25 mil m², do Largo Marquês de Monte Alegre, está sendo construída a sede da Unidade de Exploração e Produção de Gás e Petróleo da Bacia de Santos, da Petrobras. Serão três torres para mais de 6.000 funcionários, com a primeira fase do empreendimento prevista para terminar em 2013.
Em fase mais adiantada está a construção do Museu Pelé, projeto da prefeitura, considerado promessa de fortalecimento do turismo internacional. É erguido em antiga edificação, de 1865, que foi sede da Câmara e prefeitura, para abrigar objetos pessoais, fotos, filmes e troféus do Rei Pelé.
A mais recente atração fica em frente, na Estação do Valongo – sede da Secretaria de Turismo, com o Estação Bistrô, fruto de convênio da prefeitura com Sociedade Visconde de São Leopoldo e UniSantos. Trata-se do primeiro restaurante-escola do litoral, com participação de jovens desempregados ou em situação de risco.
Próximo dali será implementado o “Porto Valongo Santos”, outro importante projeto municipal, que prevê revitalização dos armazéns 1 ao 8, com complexo turístico, náutico, cultural e empresarial. Já na confluência das ruas Marquês de Herval e Cristiano Otoni será construído o primeiro Complexo Comercial e Hoteleiro do Valongo, com duas torres de 21 pavimentos.
No Centro, outro empreendimento comercial mudará a paisagem urbana da rua João Pessoa, impulsionando a revitalização do local. Com previsão de receber cerca de 5.000 pessoas por dia, o Tribuna Square abrigará estúdios, redação e os veículos da TV Tribuna.
Alegra Centro – A expansão se deve aos investimentos da prefeitura iniciados em 2000 e ao programa “Alegra Centro”, criado em 2003, que visa o desenvolvimento socioeconômico com isenções fiscais. Até 2011 foram atendidos 3.016 empresários, e as atividades na região central são ligadas à gastronomia e ao entretenimento, além de escritórios voltados, principalmente, para setor portuário.
Nesse processo, a prefeitura apostou também em projetos considerados fundamentais, como recuperação dos teatros Guarany e Coliseu, instalação do Poupatempo e ampliação da Linha Turística do Bonde.
Obras – Com o objetivo de oferecer melhor infraestrutura, conforto e segurança, a prefeitura vem realizando melhorias em diversas áreas da região. Entre os destaques, a recuperação do bulevar da Rua XV de Novembro, que recebeu novo piso, rede de drenagem, lixeiras, bancos, monumento em homenagem aos corretores de café e colocação da estrutura para passagem de fibra ótica e monitoramento.
Estão em andamento a reurbanização da rua Amador Bueno; restauro das fachadas e telhado do Palácio José Bonifácio (sede da prefeitura) e manutenção do terminal de passageiros da catraia, como parte das melhorias no entorno do Mercado Municipal. No cronograma está prevista a reurbanização da rua João Pessoa, entre outras ruas e calçadas.
Bairro novo – Com a atualização das leis complementares de Uso e Ocupação do Solo das áreas insular e continental, Santos possui 69 bairros, sendo o mais novo o Chinês, delimitado pelas ruas Visconde de Embaré, São Bento e Visconde de São Leopoldo. A criação do novo bairro resgata a memória de quem residiu nesse local.
O novo bulevar da Rua XV de Novembro foi entregue nesta segunda-feira após mais quatro meses em obras. A área no calçadão entre as ruas Frei Gaspar e do Comércio, no Centro Histórico de Santos, abriga 782 metros quadrados e concentra restaurantes, bares, cafés e escritórios. Também foi inaugurada uma estátua em homenagem aos corretores de café.
Foi criado um novo piso, especialmente para o local, em granito antiderrapante e mosaico português nas cores preto e branco. O sistema de drenagem foi recuperado. As águas pluviais serão captadas por um sistema de canaletas de concreto, que serão instaladas em toda a extensão da rua.
Também foram colocados oito bancos de madeira envernizada e pés em ferro fundido, e dez lixeiras de ferro. As oito luminárias estilizadas foram mantidas. A obra custou R$ 275.190,95, verba proveniente do Dade (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias), do governo estadual. Segundo a Prefeitura, falta ainda a implantação de uma câmera de monitoramento.
Se o Parque Municipal Roberto Mario Santini, no José Menino, é um dos lugares prediletos da população por sua beleza natural e atrações, é também um dos pontos que recebe maior atenção da prefeitura. Os serviços permanentes de manutenção envolvem diariamente funcionários da Seserp (Secretaria de Serviços Públicos). Além disso, a pedido dos moradores, está sendo construída uma pista de patinação, de 458 m², na entrada do parque, que deve ficar pronta até o fim de julho.
O primeiro anexo, onde funcionava o setor administrativo e o posto da Unifesp, passa por reforma. A novidade será a cantina ‘Sabor e Saúde’, projeto de reinserção social da SMS (Secretaria de Saúde), com usuários da rede de saúde mental, e o PIT (Posto de Informações Turísticas) da Setur (Secretaria de Turismo), que ganhará nova instalação. A revisão hidráulica e elétrica está concluída, assim como a recuperação do forro, telhado e estrutura metálica, pintada com tinta anticorrosiva à base de epóxi.
As melhorias estendem-se ao heliponto, com recuperação da parte elétrica e do entorno feito de madeira, do tipo dormente; e ao piso de porcelanato, encontrado em toda área externa do parque, que está sendo substituído por concreto. Já bem próximo ao mar e ao lado do monumento da artista plástica Tomie Ohtake está em fase final a construção de uma plataforma de contemplação.
No cronograma da Seserp também consta a reforma do deck, a iniciar na próxima semana, e com duração prevista de dois meses. O piso de madeira ipê será trocado. Outro ponto de destaque do deck é a torre de arbitragem dos campeonatos de surfe, que será toda grafitada.
Cuidado permanente
De acordo com o secretário Carlos Alberto Tavares Russo, a necessidade de constante manutenção no parque deve-se, principalmente, à influência da maresia. “O emissário avança 500 metros para o mar. Se os prédios da orla sofrem três vezes mais os reflexos da maresia do que aqueles mais afastados, imagine os equipamentos instalados no parque? Por esse motivo temos uma equipe de trabalho nesse local”.
Entre as medidas tomadas nos últimos dois anos estão a reforma da pista de skate e colocação de cordonéis ao redor de toda área verde. O playground foi isolado por proteção de madeira do tipo dormente e recebeu piso emborrachado sob a grama sintética, ideal para áreas com presença de crianças.
Mais: o edifício que abriga a Guarda Municipal foi reformado e ganhou refeitório, vestiário masculino e feminino e área coberta para os veículos da corporação. E para evitar a circulação de veículos pesados em trechos voltados para o pedestre, foi criada uma grande alameda cercada por vasos de plantas, bancos e lixeiras.
Museu do Surf
Considerado um dos lugares mais charmosos do parque, o Museu do Surf também passará por intervenções. O projeto da reforma está pronto e é avaliado pela SPU (Secretaria de Patrimônio da União). “Assim que o projeto for aprovado, buscaremos parceria da iniciativa privada e faremos as adaptações sem desrespeitar o projeto original”, explicou Russo.
As estruturas metálicas serão substituídas por concreto armado e o telhado de aço galvanizado será trocado pelo de alumínio, por ser mais resistente à corrosão.
O projeto Porto-Valongo ganhou novo capítulo no final do mês passado, com a apresentação dos detalhes do trabalho de revitalização que será realizado na área que abrange os armazéns 1 a 8 do Porto. A principal novidade em relação a mostras anteriores foi o anúncio de que serão erguidos dois prédios – um hotel e um empreendimento de cunho empresarial – em uma área que será construída sobre a superfície de água, com o objetivo de que tais torres sejam atrativos para viabilização econômica do projeto. Estão previstos cerca de R$ 544 milhões em investimentos da iniciativa privada para que os trabalhos iniciem já no próximo ano.<
Projeto – Nova marina no Porto Santos
Para se chegar a um “denominador comum” do que seria necessário em termos de revitalização no Porto de Santos, contudo, tanto Cidade como a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) tiveram de ir atrás de exemplos nacionais e – principalmente – internacionais que, de alguma forma, pudessem indicar caminhos para o projeto a ser desenvolvido nos armazéns santistas. Alguns desses exemplos foram apresentados no Seminário Internacional Revitalização de Áreas Portuárias e Integração Urbana, realizado no último mês. Casos dos trabalhos realizados nos portos de Marselha, na França, e Belém, no Estado do Pará.
Exemplo europeu
A revitalização do Porto de Marselha é considerada uma das mais próximas daquela que se pretende verificar por aqui. “Santos e Marselha têm muitas coisas em comum. São duas cidades não-capitais importantes para seus países. Além disso, Santos tem o maior porto da América Latina, e Marselha, o maior do Mediterrâneo. Sem contar que, assim como em Santos, Marselha sofria muito com o distanciamento cidade-porto em 1995, quando foi lançado o projeto de revitalização”, conta Chantal Guillet, diretora geral da Adéfrance (Aménageurs et Dévellopeurs em France – consórcio responsável pelos trabalhos no município francês).
Segunda maior cidade da França e com mais de 2.600 anos de existência, Marselha sofria com índices elevados de pobreza, insegurança e uma queda cada vez mais acentuada da população, que buscava outros destinos atrás de uma vida melhor. No começo dos anos 90, o desemprego batia nos 20%. Além disso, como o trânsito de contêineres ocorria predominantemente a 70 quilômetros de se encontra a região portuária marselhesa (ainda que na mesma orla), o local – que já foi chamado de porto dos gregos, devido à origem dos fundadores da cidade – estava fadado ao abandono.
Então, em 1995, surgiu o projeto Euroméditerranée, coordenado pela Adéfrance. De acordo com Chantal, o objetivo era fazer da área portuária um novo bairro, em interface com a cidade. “O mais importante para nós era receber todo tipo de população, mas, sobretudo, manter em Marselha a população local. Outro mote era atrair empresas que pudessem gerar empregos e mudar nossa imagem, retomando o status de “porta” da Europa para o Mar Mediterrâneo”, conta. Segundo ela, o programa foi composto de duas fases. A primeira delas foi até 2011, e ao longo de 16 anos, atingiu números significativos.
“Na primeira fase, ademais de empresas de equipamentos culturais, o número de habitações cresceu em 10 mil, e outras seis mil foram renovadas, além de 15 mil empregos novos, tudo em uma área com cerca de 1,5 milhão de metros quadrados de construção. Foram criados 20 hectares (200 mil metros quadrados) de espaços públicos, com algo em torno de 3,5 bilhões de euros de investimentos, sempre privados”, enumerou. A segunda fase, iniciada neste ano e prevista para até 2020, pretende dobrar esses números.
Solução no Pará
Mas a revitalização de áreas portuárias não se limita ao exterior. No Brasil, um dos principais exemplos é a Estação das Docas, em Belém. O projeto – que comemora 12 anos neste domingo (13) – é um complexo turístico e cultural que reúne gastronomia, cultura, lojas, exposições e eventos nos cerca de 32 mil metros quadrados que ocupam três armazéns outrora subutilizados e um terminal de passageiros. “A Estação das Docas foi concebida para fomentar o turismo e proporcionar atrações diferentes de lazer, e já se tornou o principal ponto turístico para quem vai ao Pará”, destaca o arquiteto Gustavo Leão, diretor do Departamento de Projetos da Secretaria de Estado da Cultura do Pará.
Situado em um rio, o Porto de Belém fica próximo a um canal que constantemente assoreia o solo da região, obrigando a realização de constantes dragagens no terreno. Além disso, o calado de aproximadamente nove metros, considerado baixo, impede que navios de grande porte atraquem no porto da capital paraense. “Do ponto de vista dos equipamentos, temos um Porto moderno. Mas a área de cais é a mesma de décadas atrás. Isso fez com que o Porto entrasse em declínio. Tanto que os três armazéns usados hoje pela Estação das Docas não vinham sendo usados pela CDP (Companhia Docas do Pará). Até porque esse trecho não servia para receber embarcações”, explica Leão.
As obras para construção do equipamento que pretendia revitalizar aquela área se iniciaram em 1997, e foram orçadas em cerca de R$ 19 milhões, por meio de investimentos públicos. A CDP concedeu os armazéns por um prazo pré-estabelecido e, para coordenar o empreendimento, foi criada uma organização social sem fins lucrativos de nome Pará 2000, da qual a Secretaria de Estado da Cultura faz parte do conselho fiscal. As únicas licitações realizadas para o projeto Estação das Docas foram mesmo para concessão dos espaços para estabelecimentos comerciais e gastronômicos.<
Para Leão, uma semelhança identificada no Porto-Valongo em relação ao projeto paraense diz respeito à revitalização não se limitar ao espaço portuário. “Vejo que no trabalho de vocês (Santos) há toda uma área do Centro Histórico que será recuperada, além do fortalecimento turístico com a vinda, por exemplo, do Museu Pelé. Em Belém, bem ao lado da Estação das Docas fica o Complexo do Ver-o-Peso, que é uma das maiores feiras livres da América Latina, com ervas e temperos típicos da região amazônica. Nesse caso, a Estação das Docas pôde complementar, por seu potencial gastronômico”, conclui.
Promovida pela prefeitura, por meio da Seserp (Secretaria de Serviços Públicos), a revitalização da praia do José Menino e reforma do Posto 1 de Salvamento foram concluídas. Após a intervenção, a área da praia ganhou mais 1 mil m² de jardim, no trecho em frente ao posto. O espaço conta com alamedas, vegetação, bancos ecológicos e lixeiras.
Renovado, o Posto 1 serve ao Corpo de Bombeiros e como ponto de apoio ao setor de manutenção da Seserp na orla. Ao lado, o Parque de Recreação Dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti também ficou pronto e já virou ponto de encontro de crianças e praticantes de atividade física.
Depois da reforma, o local passou a contar com o Espaço Criança, com brinquedos, e a Academia Municipal, uma parceria entre prefeitura, por meio da Semes (Secretaria de Esportes), e o Centro Esportivo Comunitário de Fisiculturismo, que mantinha equipamentos para atividades físicas na praia do José Menino. Informações podem ser obtidas no local e na administração do Parque Municipal Roberto Mario Santini.
A Coordenadoria de Segurança da Orla da Guarda Municipal, que anteriormente ocupava o Posto 1, está instalada no módulo 2 do Parque Roberto Mario Santini, operando 24 horas e reforçando a segurança do local. O espaço foi igualmente reestruturado para servir à corporação. Conta com salas, vestiários e copa.
O projeto municipal de revitalização do cais histórico, conhecido como Porto Valongo Santos, recebeu o apoio dos ministérios do Turismo, Esporte e Portos. Em visita a cidade, os respectivos titulares das pastas, Gastão Vieira, Aldo Rebelo e Leônidas Cristino, conheceram detalhes técnicos da proposta da prefeitura para recuperação da faixa de cais dos antigos armazéns 1 a 8, no Valongo, e junto com o prefeito João Paulo Tavares Papa, estiveram na área.
Papa pleiteia a inserção do projeto nas obras de infraestrutura do governo federal para a Copa de 2014. O Porto Valongo Santos prevê a construção de complexo turístico, náutico, cultural e empresarial de nível internacional, com terminal de cruzeiros, marina pública, base oceanográfica, escritórios, restaurantes e terminal de transporte aquaviário.
A intenção do prefeito é apressar as obras e aproveitar o terminal de cruzeiros do Porto Valongo para receber navios e turistas durante a Copa do Mundo, e, futuramente, a Olimpíada de 2016. Papa esteve há poucos dias em Brasília para apresentar a ideia ao vice-presidente Michel Temer.
“Considero essa data histórica já que Santos recebe três ministros de áreas estratégicas. Hoje, o projeto Porto Valongo Santos ganha novo contorno. A vinda deles é uma sinalização de que a iniciativa tem grandes chances de se tornar prioridade ao governo federal, porque ela extrapola os limites da cidade e é importante para o país”.
Em entrevista coletiva à imprensa, os três ministros defenderam o projeto de revitalização do porto santista como essencial para o país nas áreas turística, portuária e esportiva. “É importante para o Brasil, primeiro porque Santos é estratégica para o país, e deve merecer nossa atenção. Conta com o maior porto importador e exportador, é berço do Patriarca da Independência e tem um clube com a história de Pelé. Deve ser nosso esforço entregá-lo para a Copa. Mas ele antecede e ultrapassa a questão da Copa”, destacou o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
Para o ministro do Turismo, Gastão Vieira, o projeto de revitalização Porto Valongo vai ao encontro do trabalho do ministério e do governo de assegurar infraestrutura aos grandes eventos. “Santos se consolidou como grande destino turístico, e, portanto, será difundida para receber recursos para consolidar sua estrutura”.
O ministro de Portos, Leônidas Cristino, lembrou que a Secretaria Especial de Portos já vem amadurecendo o projeto Porto Valongo Santos há três anos com a prefeitura, Codesp e iniciativa privada. “Avançamos e hoje temos a concepção do projeto. A partir da apresentação de um estudo da prefeitura, vamos ver o que será possível viabilizar para a Copa de 2014. É de interesse do governo federal trabalhar na revitalização dos portos”.
Porto Valongo
O projeto ‘Porto Valongo Santos’, idealizado pela Prefeitura, transformará uma área de 55 mil m² – sem uso há mais de 20 anos – num complexo turístico, náutico, cultural e empresarial de nível internacional. Uma intervenção essencial para a viabilizá-lo está em curso. A Codesp está licitando a contratação do projeto executivo do ‘mergulhão’, que é uma passagem subterrânea integrante da avenida perimetral do porto na margem direita. A empresa Ove Arup realiza estudos de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental do projeto.